A saga Carlos Ghosn: o executivo que pôs a governança em xeque

São Paulo 13/3/2020 –

Com repercussão internacional pela complexidade dos conflitos de agência envolvidos, além de colocar os modelos atuais de governança em xeque mais especificamente o japonês e o latino europeu, o executivo franco-brasileiro-libanês Carlos Ghosn, está no centro de um dos casos em andamento mais emblemáticos no mundo corporativo.

Responsável por costurar o acordo entre a Renault e a Nissan, em 1999, ele também levou o mérito por recuperar a empresa japonesa, que estava à beira da falência e com uma dívida bilionária. Porém, foi preso pela justiça japonesa, em novembro de 2018, sob alegações de má conduta financeira: crimes financeiros e enriquecimento ilícito.

Após sua fuga, Ghosn, agora no Líbano, questiona o sistema de governança e judiciário japonês, que está sendo duramente exposto fazendo emergir dúvidas sobre a segurança jurídica e legal de investidores e executivos estrangeiros atuarem em seu ambiente corporativo. Os contratos das alianças e parcerias estratégicas transnacionais passam a ser questionados exigindo criatividade nos novos processos de takeover (aquisição hostil) e na elaboração das poison pills (pílulas de veneno), cláusulas estatutárias de difícil remoção. “Como estrategista de altíssima qualidade, Ghosn está explorando de forma muito eficiente, na sua exposição pessoal, um dos pilares da boa governança que é de difícil lida para os japoneses: a transparência”, diz a especialista em governança, Adriana de Andrade Sole.

Os detalhes sobre a saga do homem que está desafiando a governança corporativa estão na matéria de capa da Revista RI de março. A íntegra da matéria pode ser conferida na versão digital da Revista RI: http://www.revistari.com.br/239.

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