afrikabahia – O músico e compositor Rafael Pondé lança seu trabalho musical “afrikabahia”.

Rio de Janeiro 3/5/2013 –

O que somos diante de nossas raízes ? O farol que acende para uma nova sensibilidade da arte afro-baiana, nos coloca hoje, um guia de ecos com essa etnografia da amizade do que é afrikabahia para um país multiracial. Essa nova tela vibracional restaurada hoje por seu filho original – mais Novíssimo do que nunca – reenvia a África para o verbo Cantar no futuro do presente, com sua alma e sua mão, dentro da massa Bahia. Muito desses cantares foram decisivos para a formação das nossas identidades AfroBrasileiras.

Rafa El Pondé abre os seus trabalhos sonoros em afrikabahia com o a força motriz de “Odé Caçador” ( reverência ao orixá Oxóssi no candomblé e sincretizado no catolicismo como “São Jorge” ) desbravando os caminhos dos “ouvidos multi-tracks”, num galope sensível de cordas, aliada a uma força autentica do agogô baiano e sob uma suave integração de pianos do maestro Bira Marques da Orquestra Afro Sinfônica Popular Brasileira. Seguindo o rastreamento título da linha mestra da obra em “AfrikaDub” é colocada uma energia genuína da Bahia de todos os cantos, como uma revisão da cultura musical brasileira dos últimos tempos, com as participações seminais do percussionista malê Doudou Rose e do lord baiano Magary Lord.

Embarcamos na suíte desse AfroMar que nos leva as novas visões matre da Bahia em “Malemolência do Baiano”, música composta em parceria com virtuoso baixista Lucas Pondé ( Ex–Los Baganas ) e com a participativa pneumática voz do poli-artista, Peu Meurray, que confirma a tese, de que gente boa, talentos e amizades se atraem e se convergem. Participam dessa prima-obra brasileira talentosos compositores e músicos como Thiago Thomé, Mamá Percus, Márcio Bomfim, Dainho Xequerê, Paulo Bass entre outros. Na sublimada “Seu olhar ainda dança em mim” a insurgência de um vintage piano-dub traz o arfar da voz de Tâmara Pessoa num travelling de amor. ( em breve essa voz entrará num amplificador do… futuro do… presente do… Cantar…próximo ao seu ouvido ).

Seguindo no afluxo musical em linha Verger, encontramos um Porto para música brasileira com o clássico carnavalesco “A Jardineira”, de seu tio avô Humberto Porto, composição que Humberto fez em parceria com Benedito Lacerda, agora recriada num “Ska de coalisão”, com o projeto social Quabales que utiliza materiais reciclados, como oferta de inclusão musical com as crianças do Nordeste de Amaralina em Salvador.

E o que for Ser Tão de nós… a bandeira brasileira será escutada nas visões em quaisquer dimensões, em especial para homenagear Glauber de Andrade Rocha, Antônio Conselheiro, Walter da Silveira e o primeiro Novo Baiano João Gilberto, que certamente entrariam extasiados dentro da correnteza musical de “Samba Sertão”. “AfrikaBahia” é o fôlego sonoro cultural, que arrefece a nossa Música Preta Brasileira, tendo a medida única de qualidade de produção e mixagem, pelo generoso talento de Rafael Pondé para o mundo. Seja com a origem de sua poesia ou por onde a história de sua pátria, não se fez em disfarce em terra. Nós somos brasileiros, nós somos África. Somos um lindo mundo negro que viemos mostrar pra vocês.

Website: http://www.soundcloud.com/rafaelponde

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