Alta na produção de petróleo pode deixar o Brasil no topo do ranking mundial

28/10/2019 – Com as novas soluções de melhorias que serão implementadas no mercado, a tendência é que cada vez mais o setor se expanda

Dados de agosto divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil produziu 3,828 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d), somando as produções de petróleo e gás natural.

Ainda segundo o relatório da ANP, a produção de petróleo bateu uma nova marca com aproximadamente 2,989 milhões de barris por dia (MMbbl/d), tendo um aumento de 7,7% em relação ao mês anterior e de 18,5% em relação a agosto de 2018. O recorde anterior foi registrado em julho deste ano, quando foram produzidos 2,775 MMbbl/d.

Com números como esses, o Brasil avança a passos largos para ser, nos próximos 10 anos, um dos líderes mundiais da produção de petróleo. Essa já é uma marca esperada pela ANP, que prevê ainda um crescimento de 40% em 5 anos graças a um investimento previsto pelas operadoras em cerca de R$ 5, 2 bilhões, o qual será feito em 2020 em Unidades Estacionárias de Exploração e Produção. Neste ano, estão sendo investidos cerca de R$ 4,8 bilhões.

Atualmente, o Brasil encontra-se na 9ª posição do ranking mundial, sendo liderados pelos Estados Unidos, Arábia Saudita, Rússia, Canadá e Irã.

Parte desse crescimento dá-se pela ampla utilização das plataformas FPSO (sigla em inglês “Floating Production Storage and Offloading”), unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência utilizado pela indústria petrolífera para a exploração (produção), armazenamento petróleo e/ou gás natural e escoamento da produção. Esse navio-plataforma é a maneira mais fácil a ser empregada em locais distantes da costa e podem operar de 20 a 25 anos.

“Um projeto de fabricação e comissionamento de uma plataforma FPSO nova custa aproximadamente US$ 2 bilhões e leva em torno de 36 meses de duração”, conta o engenheiro de produção Jhelisson Lima Mendes, de 27 anos, que participou do desenvolvimento do FPSO Cidade de Caraguatatuba, o qual foi construído no estaleiro MES (Mitsui Engineering & Shipbuilding), em Chiba, no Japão, e a integração dos módulos na Ásia foi realizada no estaleiro Keppel, em Cingapura.

Para o engenheiro especialista na indústria offshore, a alta traz um ânimo para a produção de FPSO não só no Brasil, mas em escala mundial. “Há cerca de três anos o mercado estava preso em um marasmo, mas agora há grandes perspectivas de crescimento no setor, tendo o offshore como um dos principais puxadores desse termômetro. Com as tecnologias cada vez mais modernizadas, será natural um aumento considerável na construção de novos FPSO”, explica.

Jhelisson, que já trabalhou em duas gigantes do mercado de FPSO, a Modec e SBM, diz ainda que todo esse aquecimento no mercado já era aguardado, uma vez que essas embarcações possibilitam maior praticidade de produção e economia. “Com as novas soluções de melhorias que serão implementadas no mercado, a tendência é que cada vez mais o setor se expanda”, finaliza.

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