AVAC-R deve romper barreira do investimento inicial para avançar rumo à indústria 4.0

São Paulo,SP 1/11/2019 – O receio de mergulhar profundamente nas águas da Industria 4.0 tem permitido que, por enquanto, haja apenas pequenos “cases” de telemetria de insumos

A adoção das novas tecnologias de periféricos e coisas conectadas deve assumir um papel muito mais relevante

O ditado é um pouco antigo, mas ainda resume bem o pensamento dos setores responsáveis por investimentos nas empresas. Após verem várias bolhas crescerem e estourarem espalhando um rastro de prejuízos, quando se fala em aplicar recursos em novidades ligadas aos conceitos de indústria 4.0, muitos se lembram de suas mães ou avós falando: “Gato escaldado sente medo de água fria”. Principalmente quando o país passa por um momento de instabilidade econômica é natural que este cuidado ganhe relevância.

Por outro lado, também existe consenso de que não é possível promover inovação de verdade sem correr alguma margem de risco.

Considerando essa aparente ambiguidade do momento, o fato é que ainda há um grande percurso pela frente até que a prática da Industria 4.0 e ferramentas como a Internet das Coisa (IoT) estejam bem assimilados no setor de AVAC-R (Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração).

Para mudar este panorama alguns paradigmas deverão ser quebrados a começar pelas avaliações dos projetos.
É urgente que as decisões não fiquem mais restritas somente à perspectiva do investimento inicial. A opção pelo sim ou não relacionada ao investimento em um projeto precisa ser tomada estabelecendo um peso bem maior principalmente à relação ‘payback’ x ‘vantagens operacionais’.

A adoção destas novas tecnologias de periféricos e coisas conectadas deve assumir um papel muito mais relevante porque a conexão entre elas cria um rico banco de dados, que por meio de plataformas de monitoramento e relatórios, pode se transformar em uma poderosa ferramenta para tomada de decisões assertivas. É possível, por exemplo, usar as informações coletadas em ações preditivas, baseadas em históricos, estatísticas ou experiências adquiridas.

Na maioria dos casos, mais de 60% dos custos com energia de um prédio está ligado ao gasto com iluminação e ar condicionado. Desta forma, é fácil perceber que ter um sistema inteligente que permita monitorar os edifícios corporativos e desligar as luzes ou climatização quando estiverem desocupados trará, além da eficiência energética, uma redução considerável de gastos.

O receio de mergulhar profundamente nas águas da Industria 4.0 tem permitido que, por enquanto, haja apenas pequenos “cases” de telemetria de insumos, como: água, energia e gás; assim como a medição de temperatura e vazão de água para HVAC, todos convergindo ainda numa simples medição e em alguns casos tarifação, mas sem a conexão numa plataforma gerencial com o intuito de “receber e enviar” comandos baseados em Big Data, BI e muito menos Machine Learning, o que seria o ciclo completo de transformação digital.

Desta forma, deixamos de transformar as informações em inteligência de negócio e perdemos a oportunidade de criar instalações e sistemas tecnológicos altamente automatizados, capazes de interagirem entre si.

Se aprofundarmos a avaliação dos projetos para um nível além do tradicional ‘quanto vou gastar inicialmente’, será possível enxergar as vantagens da relação direta entre a entrada de dados e a transformação deles em sabedoria.

Este ciclo cria as condições ideais para o Business Intellingence, que permite a mágica de transformar o que era visto somente como custo, ou um mal necessário, em investimento que retorna em forma de economia de insumos e geração de novas oportunidades de negócios.

Não deixe que o medo de perder tire sua vontade de ganhar.

Por Igor Nakamura, diretor da Viridi Technologies

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