Birdwatching é uma forma de promover o turismo sustentável

São Paulo – SP 1/11/2019 – Manter um animal silvestre em cativeiro é uma das principais ameaças à biodiversidade, que pode representar a extinção de diversas espécies.

Cada vez mais os brasileiros vêm se dedicando ao Birdwatching, prática de observação de pássaros em seu habitat natural, sem interferir no seu convívio ou ambiente. Dados do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO) indica que mais de 18% de todas as aves do mundo estão no Brasil. “Segundo pesquisa realizada pelo Museu Americano de História Natural, o Brasil é o segundo país com mais diversidade de aves do mundo, possuindo cerca de 2.000 espécies, ficando atrás apenas da Colômbia”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Entre as 1.919 espécies catalogadas no país, 332 (segundo o site Wikiaves) habitam o arquipélago de Ilhabela, que abriga uma das maiores reservas de Mata Atlântica conservada do mundo (Parque Estadual ocupa 85% do território da ilha). A rica e farta variedade de pássaros representa um grande potencial para exploração sustentável e de desenvolvimento econômico.

Manter um animal silvestre em cativeiro é uma das principais ameaças à biodiversidade, que pode representar a extinção de diversas espécies e o desequilíbrio ecológico, além do sofrimento dos animais.

O Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Barueri (SP) incentiva a prática de observar as aves em seu habitat natural e criar oportunidades para as pessoas conhecerem de perto algumas espécies, ouvir seus cantos e estar em contato com a natureza.

Cada espécie tem uma função específica para o equilíbrio da vida na terra. Quando as pessoas avistam uma ave em pleno voo e pousando em algumas flores ou árvores, observam que elas estão polinizando e semeando a vida, cultivando o equilíbrio do ecossistema.

“Ilhabela (SP) está investindo em atividades de birdwatching em terra e no mar. No mês de outubro, durante o Festival de Aves de Ilhabela, duas viagens marcaram de forma emblemática a iniciativa de explorar também a observação de aves pelágicas (oceânicas)”, salienta Vininha F. Carvalho.

A primeira levou especialistas e turistas para dois dias de aventura para reconhecimento aos principais destinos de observação em mar aberto, com saída para a plataforma continental, a partir de 40 milhas náuticas em mar aberto.

Durante as viagens, foi possível observar variadas espécies que chegam pelo litoral brasileiro, migratórias do hemisfério norte ou originárias de ilhas isoladas no Atlântico Sul Entre as aves, ali encontradas estão os atobás-pardos, fragatas, gaivotas, albatroz-de-sobrancelha, albatrozes-de-nariz-amarelo, mandrião-chileno, mandrião-parasítico, alma-semestre, bobo-pequeno e bobo-desbore-branco, entre outros.

Uma semana depois, foi a vez de uma Fam-Trip para o arquipélago de Alcatrazes, local que passará a ter viagens regulares para observação de aves. Alcatrazes é reconhecida internacionalmente por sua enorme biodiversidade. São 1.300 espécies de fauna e flora, 100 delas sofrem ameaça de serem extintas. Possui também o maior ninhal de fragatas do Atlântico Sul, e é área de alimentação, reprodução e descanso para mais de dez mil aves marinhas, segundo informações do Instituto Chico Mendes de Biologia.

Nos Estados Unidos, mais de 45 milhões de pessoas observam aves como hobby, segundo a Pesquisa Nacional Relacionada à Vida Selvagem. A atividade traz um significativo retorno para economia. “Enquanto isso, no Brasil, ainda é preciso que haja mais divulgação desta forma de apreciar a natureza e incentivar o ecoturismo”, conclui Vininha F. Carvalho.

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