Cada vez mais quente

Porto Alegre, RS 27/3/2013 –

Furacões, secas, enchentes, extinção de milhares de animais e vegetais e o derretimento dos pólos são alguns dos prejuízos que causamos ao planeta com o descuido e a irresponsabilidade de ações acumuladas há muitos anos. Esse processo se chama aquecimento global. “As consequências disso terão dimensões imensas, como falta de água potável, mudanças nas condições de produção de alimentos e aumento do número de mortes causado pelas várias catástrofes incentivadas pela mudança brusca do clima”, explica Rafael Goelzer, diretor da Quinta da Estância.

Essas mudanças climáticas elevam a temperatura do planeta, ocasionadas pelo ser humano, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. “A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono, o metano e outros que retêm o calor proveniente das radiações solares. É como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, processo que causa o aumento da temperatura”, conta. Além disso, não podemos esquecer-nos dos desmatamentos e a constante impermeabilização do solo, fatores que também contribuem para o processo.

“É bem provável que os mais afetados em um futuro bem próximo sejam os países sem condições de combater esse problema, pois não possuem recursos financeiros, tecnológicos e científicos para isso”, conclui. O degelo é outra consequência dessas mudanças e a região do oceano Ártico é a mais afetada. Para termos uma ideia do problema, nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%.

Apesar da constante discussão do tema, poucas pessoas sabem o que fazer para ajudar no problema. “Diminuir o uso de combustíveis e aumentar o uso de biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol já é uma grande coisa. Temos projetos de bicicletas que podem ser aproveitados pela sociedade, o que contribui para que se use menos o automóvel. Para quem não gosta de pedalar, realizar a pé o percurso que o carro faz também ajuda, além de ser bom para a saúde”, diz.

Mas, quem se recusa a deixar o carro em casa, outra saída é regulá-lo constantemente para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada e utilizar o catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões. Para as indústrias e empresas, ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis como eólica e solar. E, claro, evitar ao máximo a geração de energia através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis.

“Colaborar para o sistema de coleta seletiva de lixo e de reciclagem, usar ao máximo a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos, não incentivar as queimadas em florestas e efetuar o plantio de mais árvores são formas de diminuir esses problemas”, conclui.

Sobre a Quinta da Estância
A Quinta da Estância é a maior fazenda de turismo rural pedagógico do Brasil, pioneira em ações de educação ambiental e sensibilização ecológica. Foi o primeiro empreendimento turístico do Brasil aceito como Signatário do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e uma das 350 empresas do mundo a participar do Caring for Climate, seleto grupo da ONU especializado no combate às mudanças climáticas do planeta. Em 2009, recebeu o reconhecimento Estadual e Nacional do Prêmio MPE Brasil – categoria Responsabilidade Social, concorrendo com mais de 57 mil empresas de todo o país. O empreendimento também possui, desde 1995, o primeiro criadouro conservacionista do Brasil com finalidade pedagógica, que cria a reproduz animais silvestres, especialmente em vias de extinção.

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