Cannabis medicinal é uma aliada no tratamento de Alzheimer

São Paulo, SP 24/10/2019 – Os canabinoides podem ajudar a proteger e estimular a formação de novos neurônios no cérebro, melhorar o humor, o apetite e o sono e reduzir o estresse.

A demência é uma doença que deve afetar 115 milhões de pessoas no mundo até 2020 – no Brasil são mais de 1 milhão. O Alzheimer é responsável por cerca de 60% a 80% dos casos de demência. Entre os tratamentos para retardar ou interromper a progressão da doença, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes, está a cannabis medicinal. Pesquisas médicas têm mostrado que o sistema endocanabinoide oferece uma nova abordagem farmacológica.

Cerca de 35,6 milhões de pessoas sofrem de demência em todo o mundo. Até 2050, este número deverá chegar a 115 milhões. Só o Brasil possui mais de 1 milhão de pessoas diagnosticadas com a doença. A cannabis medicinal pode ser uma aliada no tratamento de Alzheimer, responsável por cerca de 60% a 80% dos casos de demência. Com o crescimento do número de pacientes, o desenvolvimento de tratamentos para retardar ou interromper a progressão da doença torna-se cada vez mais necessário visando melhorar a qualidade de vida dos portadores da doença.

Nos últimos anos houve um crescente interesse nas utilizações medicinais dos canabinoides para tratar doenças comuns em pessoas idosas, como o Alzheimer. Vários estudos in vitro e in vivo demonstram que os canabinoides podem combater as seguintes características da doença:

• Estresse oxidativo, um acelerador do processo de envelhecimento
• Neuroinflamação, envolvida na progressão da doença
• Formação de placas amilóides e emaranhados neurofibrilares, responsáveis por grande parte das características já conhecidas do Alzheimer

A literatura médica relata consistentemente que o sistema endocanabinoide está associado ao Alzheimer. Diversas pesquisas têm mostrado que o gerenciamento desse sistema oferece uma nova abordagem farmacológica para o tratamento da doença e que pode ser mais eficaz do que os medicamentos atualmente disponíveis.
O canabinoide THC parece fragmentar os beta-amilóides – principal constituinte das placas amilóides – facilitando a sua eliminação, da mesma forma que ocorre em um cérebro saudável, e, consequentemente, retarda o avanço da doença. Além disso, os canabinoides podem ajudar a proteger e estimular a formação de novos neurônios no cérebro, melhorar o humor, o apetite e o sono e reduzir o estresse, a ansiedade e a agressividade. Estudos constataram que os canabinoides reduzem também os sintomas relacionados à demência, como distúrbios comportamentais.

Por esses motivos, os canabinoides são candidatos interessantes a medicamentos para o tratamento do Alzheimer. Já foram desenvolvidos medicamentos à base de canabinoides (via oral e spray bucal), o que facilita a administração e o controle da dosagem.

É importante salientar que são necessários mais estudos para determinar a eficácia dos tratamentos com derivados da cannabis em longo prazo e em um grupo maior de pessoas. No entanto, os resultados atuais já fornecem uma nova perspectiva e uma nova opção para tratar a condição.

Sobre Alzheimer

O Alzheimer é uma doença crônica em que células cerebrais se degeneram e morrem, causando um declínio progressivo na memória e na função mental. As funções cognitivas são afetadas, reduzindo a capacidade de a pessoa trabalhar e se relacionar.

O Alzheimer tem como característica a piora progressiva dos sintomas, mas felizmente muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade. A evolução dos sintomas pode ser dividida em três fases: estágio inicial, intermediário e avançado.

No estágio inicial os sintomas incluem:

• Problemas de linguagem
• Perda de memória
• Não saber a hora ou o dia da semana
• Se perder em locais familiares
• Dificuldade em tomar decisões
• Desmotivação
• Mudança de humor, depressão ou ansiedade
• Agressividade

Nos estágios seguintes esses sintomas se agravam e podem aparecer outros, como alucinações e distúrbios do sono.

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