Com a vida mais silenciosa e lenta, devido à Covid-19, a natureza foi beneficiada

São Paulo – SP 24/6/2020 – A pandemia provocou grandes transformações, permitindo a ecologia demonstrar que é preciso reduzir a poluição atmosférica para preservar todas as formas de vida

No recente período lockdown, curiosos pássaros locais mudaram de comportamento e começaram a aparecer nas cidades e, até nas casas das pessoas, levando o seu canto e encanto para a vida dos neozelandeses.

O coronavírus mudou o mundo de maneiras difíceis de ser imaginadas há apenas alguns meses, e os resultados mostram a fragilidade da sociedade perante um inimigo invisível. Mas, não foi a primeira vez na história da humanidade e, segundo especialistas da área de gestão ambiental, não será a última em que a vida da população fica ameaçada por uma pandemia. “Essa é uma constatação de diversos estudos que, antes da Covid-19, alertavam para a urgência da mudança no comportamento humano perante a natureza como solução para a preservação do planeta”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

A Nova Zelândia abriga 168 espécies de aves, sendo 93 delas nativas. Um quarto dos pássaros que vivem por lá, não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo, reforçando a singularidade da fauna do país. Em meio a esse período em que a população ficou dentro das suas casas por semanas, o recente período lockdown, devido a Covid -19, curiosos pássaros locais mudaram de comportamento e começaram a aparecer nas cidades e, até nas casas das pessoas, levando o seu canto e encanto para a vida dos neozelandeses.

A guardiã chefe do santuário de pássaros Zealandia, Ellen Irwin, sugere que não necessariamente só os pássaros tenham mudado de comportamento, mas também as pessoas. “Com a vida mais silenciosa e lenta, é possível que as pessoas também estejam desacelerando e percebendo mais os pássaros e a natureza. Talvez eles tenham estado sempre por lá, mas só agora conseguimos vê-los”, comenta Irwin.

Após expedições científicas e análises de dados em busca de mais informações sobre os cetáceos de rio da Amazônia, a Iniciativa dos Botos da América do Sul (SARDI) está celebrando mais um passo em direção ao desenvolvimento de um Plano de Manejo da Conservação (CMP, da sigla em inglês). “O CMP regional auxiliará na proteção dos botos nos rios Amazonas, Orinoco, Tocantins e Araguaia, que cobrem Brasil, Colômbia, Equador e Peru”, salienta Vininha F. Carvalho.

Fernando Trujillo, diretor da Fundação Omacha, membro do Comitê Científico da CBI ressaltou a importância da coordenação política e legislativa a serem alcançados entre os quatro países, promovendo ações conjuntas que permitam contrariar fatores que ameaçam a sobrevivência dessas espécies, como contaminação por mercúrio, desmatamento e perda de conectividade fluvial.

“É notável que, em tempos da pandemia do novo coronavírus, quatro países continuaram trabalhando juntos e articularam ações para garantir a sobrevivência dos botos no continente, uma vez que também serão implementados os planos de envolver parceiros na Bolívia e na Venezuela”, disse Saulo Usma, especialista em Água Doce do WWF-Colômbia.

O ano de 2020 iniciou enfocando os desafios para implantar a agenda do desenvolvimento sustentável, denominada “Década da Ação”, termo usado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em referência ao prazo estabelecido para alcance das metas da Agenda 2030, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Logo na largada, a humanidade foi confrontada com esta adversidade de proporções inéditas e precisou, curiosamente, desenvolver exatamente níveis de ação e coordenação que pareciam impensáveis.

A lição deixada é que governos, empresas e indivíduos precisam buscar novas soluções, pois não havia experiência prévia ou dados científicos suficientes para orientar todas as decisões necessárias para salvar a biodiversidade.” A pandemia provocou grandes transformações, permitindo a ecologia demonstrar que é preciso reduzir a poluição atmosférica para preservar todas as formas de vida no planeta”, conclui Vininha F. Carvalho.

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