Com crescimento de 25%, fusões e aquisições no setor de saúde quebram recorde

São Paulo 28/1/2020 – “Existe todo um cenário favorável para que a fusão e aquisição de empresas do setor de saúde se intensifique nos próximos anos”, afirma Sturaro

O mercado de saúde no Brasil vai bem, obrigado.

Prova disso é que no ano passado foram registradas no país, pelo menos, 80 fusões e aquisições de empresas do setor, como laboratórios de diagnóstico, clínicas médicas, hospitais e operadoras de saúde.

Este número representa um crescimento superior a 25% em relação a 2018 e também a quebra de um recorde no volume de transações, que vinha desde 2000, segundo a consultoria KPMG.

Considerando apenas as transações envolvendo as operadoras, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) registrou 31 pedidos de aprovação de compra de controle em 2019.

E a expectativa é que neste ano o crescimento deva continuar. Segundo Saulo Sturaro, sócio da JK Capital, consultoria especializada em fusão e aquisição de empresas, “a cadeia das operadoras verticalizadas é muito grande. Elas compram desde outras operadoras até hospitais, laboratórios e clínicas especializadas, e a tendência é que esta movimentação se intensifique”.

Em 2019, a JK Capital assessorou oito operações no setor de saúde e já tem outros 15 projetos em negociação. Entre os negócios assessorados pela JK Capital está a venda do laboratório de imagens Ecoimagem (de São Bernardo do Campo) para a Ghelfond Medicina Diagnóstica, uma das maiores empresas de diagnósticos médicos do Brasil. Em 2017, a JK Capital também assessorou a Imedi na venda para a Ghelfond Medicina Diagnóstica.

Dinheiro é o que não falta para a realização de fusão e aquisição de empresas do setor de saúde. Apenas como exemplo, duas grandes operadoras que abriram seu capital em 2018 conseguiram levantar R$ 20 bilhões neste período, sendo que parte desse dinheiro ainda está no caixa dessas empresas para novas transações.

Além do capital para investir, a expectativa de crescimento das fusões e aquisições se deve a uma combinação de fatores demográficos, econômicos e características próprias do setor de saúde. Hoje, só 25% da população brasileira têm convênio médico e os demais 75% são atendidos por uma rede pública que sofre com a superlotação.

Além desse público potencial, o setor privado de saúde ainda é extremamente pulverizado. Há no país mais de 1 mil operadoras de planos de saúde e odontológicos, 4 mil hospitais e 24 mil laboratórios e clínicas de medicina diagnóstica.

“Além disso, temos que levar em consideração que a população brasileira está envelhecendo, o que impactará no maior consumo de serviços de saúde. Desta forma, existe todo um cenário favorável para que a fusão e aquisição de empresas do setor de saúde se intensifique nos próximos anos”, afirma Sturaro.

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