Como a tecnologia pode impedir a precarização do trabalho do corretor imobiliário

24/3/2020 –

Quem pretende comprar um imóvel sabe que, em algum momento, vai precisar contar com o apoio de um corretor imobiliário. Esses profissionais têm formação e conhecimento para, entre outros afazeres, ajudar na busca por uma propriedade que agrade ao perfil, à região e ao preço do comprador bem como mediar a negociação com o vendedor. A questão é que, atualmente, ele também precisa investir muito em fotografia, anúncios em portais e mídias sociais para conseguir alavancar as vendas e, assim, ganhar comissões melhores. A boa notícia é que há uma alternativa: a evolução tecnológica fez surgir no mercado plataformas de intermediação que permitem a ele ter tempo e condições de estreitar o relacionamento com seus clientes.

Sem o uso da tecnologia adequada, o corretor de imóveis torna-se, muitas vezes, refém do ambiente de uma imobiliária. Ele depende das informações, da estrutura e do ambiente de trabalho. Não se sente à vontade com o risco atrelado à manutenção de um negócio próprio, que seria ideal para o melhor relacionamento com os clientes. Dessa forma, ele precisa se desdobrar em vários para poder ser assertivo no desempenho de seu trabalho. Já aquele que utiliza plataformas corretas, torna-se CEO de seu próprio empreendimento. Ele encontra todos os serviços que teria à disposição em uma imobiliária, mas com otimização do tempo e um alcance comercial bem maior.

A questão é que o próprio corretor ainda é muito desconfiado quando se trata de novas tecnologias. O principal motivo para isso é a estagnação do mercado imobiliário. Até o momento, não houve uma grande mudança que desse a esses profissionais confiança maior. O setor, aliás, é um dos poucos que não mudou significativamente com o avanço da Internet. Compare, por exemplo, a atuação de um assessor financeiro (cujo modus operandi é similar ao de um corretor). Há pouco tempo, ninguém imaginaria que, por meio de uma plataforma tecnológica, seria possível administrar os bens de clientes. Hoje, porém, é uma necessidade estratégica para a área.

Além disso, é importante ressaltar que muitas plataformas que surgiram nos últimos anos também tendem a facilitar o processo de precarização profissional a médio e longo prazo. Afinal, se o consumidor começar a ter tudo via Internet na hora de comprar uma casa, ele vai reduzir o contato humano. É preciso valorizar soluções que compreendem o corretor de imóveis como a estrela do mercado imobiliário. As ferramentas devem possibilitar o maior número de transações, uma vez que não há compra e venda se não houver um corretor na intermediação. Em suma: ele precisa trabalhar para ser um elo de confiança entre as partes envolvidas.

Assim, o objetivo deve ser capacitá-los e facilitar o desempenho de suas funções. Não é preciso ter mil imóveis para tentar vender dez, quando ele pode ter dez propriedades em sua alçada e vender todas, repondo o estoque na medida em que consegue se relacionar com os clientes de forma exclusiva. No fim, as ferramentas tecnológicas devem possibilitar, e não realizar, os negócios, fornecendo toda a estrutura necessária para a concretização do acordo por meio do corretor.

É um cenário inevitável e o profissional precisa se preparar. A tecnologia já está aí e seguirá avançando em todos os setores e áreas. Hoje, as pessoas já utilizam a Internet para procurar e pesquisar sobre imóveis. Cabe aos corretores, portanto, utilizarem essa ferramenta em seus processos. Com as soluções certas, é possível ter maior transparência, segurança, eficiência e, principalmente, otimização do procedimento que envolve uma transação imobiliária. Por fim, o profissional pode se dedicar àquilo que tem mais vocação e interesse: o relacionamento interpessoal com seus clientes, explica Fernando Nekrycz, CEO da Xaza.

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