Como as FINTECH estão ajudando milhares de empresas a interromper gargalos de Fluxo de Caixa

Ribeirão Preto 31/3/2020 – … As Plataformas de Risco Sacado permitem antecipar os recebíveis de fornecedores de empresas que são boas pagadoras, fechando importantes gargalos …

Todo mundo que conhece alguma coisa do mercado norte-americano já ouviu falar da Home Depot. A companhia varejista norte-americana vende produtos para o lar e construção civil, empregando 413 mil pessoas em mais de 2 mil lojas operando nos Estados Unidos, Canadá e México.
Em 2019, a lista da Fortune 500 das maiores empresas norte-americanas colocou a Home Depot na 27º posição, com mais de U$S 108 bilhões em receita e um lucro de US$ 11, 121 bilhões.
O que pouca gente sabe é que, em 1985, esse gigante esteve perto de quebrar.

Naquele ano, as demonstrações financeiras da Home Depot revelaram que a empresa teve uma queda no seu lucro líquido, mas sem que houvesse um alerta geral de risco iminente. Isso porque era necessário ter em mente o fluxo de caixa da companhia, que, naquele ano, estava gastando US$ 4 milhões por mês nas suas operações para além do que era vendido nas prateleiras de suas lojas.
E não parava por aí. Em 1985, a Home Depot gastou US$ 8 milhões em média com construção e aquisição de novas lojas. Isso totalizava uma queima de caixa de US$ 12 milhões todos os meses, somando capital e operações diárias, um verdadeiro desastre, considerando os valores da época.
Com a companhia já bastante endividada, a Home Depot saiu desse imbróglio utilizando uma estratégia de reestruturação segura, mas nada ousada, de voltar ao básico de suas operações, melhorando a cobrança de recebíveis, implementando um novo sistema de rastreamento de inventário, aquisição de estoque extra e outras medidas que levaram a uma reversão do problema de caixa, passando assim da queima de US$ 3 milhões semanais em 1985 para a geração de renda de US$ 1 milhão semanais em 1986.

Infelizmente, nem todas as empresas que enfrentam problemas com fluxo de caixa tem a mesma sorte (e gordura para queimar) da gigante norte-americana. No Brasil, segundo dados do Sebrae, de cada 4 empresas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência no mercado. Ainda que existam problemas relacionados à instabilidade econômica dos últimos anos, ao excesso de burocracia ou erros de racionalidade na hora de lidar com as potencialidades do mundo digital, a verdade é que muitas dessas falências têm causa primordial em problemas de fluxo de caixa.

Pequenas e médias empresas costumam ter dificuldades de organizar as próprias contas numa sociedade com um grande volume de compras em crédito. Em 2018, por exemplo, levantamento da Social Miner estimou que 30% das compras foram parceladas no cartão em 3 vezes e 22% em 5. Enquanto que, para o cliente, isso representa uma simples comodidade, para as empresas o lento retorno pode comprometer o fluxo de caixa em face de necessidades de investimento de capital ou mesmo despesas correntes.

A exemplo da Home Depot, a administração e boa gestão de fluxo de caixa pode mudar radicalmente o cenário das empresas, hoje muitas FINTECHs tem focado em apoiar as empresas nesse sentido evitando uma serie de dificuldades de abastecimento e fornecimento de seus insumos e matérias primas. Por exemplo Empresas com problemas de fluxo de caixa podem se complicar e comprometer a produção, atrasando as entregas. Assim, perigam deixar grandes empresas na mão pela dificuldade de performar corretamente, prejudicando a entrega de produtos e serviços essenciais para as grandes corporações.

Ou seja, trata-se de uma preocupação que ultrapassa o âmbito das PME, já que também as grandes empresas precisam se preocupar com a manutenção de um fluxo de caixa saudável para os seus fornecedores. Nesse contexto, as Plataformas de Risco Sacado despontam como uma ótima ferramenta para trabalhar o alongamento do contas a pagar de forma competitiva, sem onerar seus custos com fornecedores. Assim, os fornecedores podem antecipar a fatura do que tem a receber com uma taxa mais competitiva, podendo vender a prazo, melhorando assim o a gestão do fluxo de caixa.
Felizmente, o boom das fintechs no Brasil tem aumentado a oferta de serviços disponíveis para resolver problemas assim. Entre as soluções disponíveis, plataformas de antecipação de recebíveis tem sido utilizada como interessante ferramenta para solucionar esse tipo de dificuldade. Nessa modalidade, as fintechs podem operar financiando a Cadeia Produtiva das empresas através de oferta de taxas mais competitivas, focando na agilidade e na experiência do usuário. Assim, é possível proporcionar uma entrega de produtos mais adequados à cada realidade, com menos burocracia e maior flexibilidade do que uma Instituição financeira tradicional.

Aliado a isso, as Plataformas de Risco Sacado permitem antecipar os recebíveis de fornecedores de empresas que são boas pagadoras, fechando importantes gargalos que podem comprometer as operações das organizações.

Na iDtrust, temos orgulho de fazer parte dessa mudança no mercado brasileiro. Desde 2016, desenvolvemos soluções tecnológicas para o mercado financeiro. É o caso, por exemplo, do Finanfor, plataforma de financiamento à cadeia produtiva, que permite que os fornecedores consigam acesso à credito de forma mais competitiva, proporcionando ferramentas para melhora de fluxo de caixa, performance e alongamento do prazo de pagamentos.

Tem muita coisa bacana acontecendo no mercado de Fintechs e FIDCs no Brasil. É preciso ter um olhar atento para as dores das empresas, para construir boas soluções, que tornem a vida mais rápida, prática, eficiente e conectada.

#Vamospracima.

*Risco Sacado: Operações de Financiamento à Cadeia Produtiva de Bons Pagadores que permite seus Fornecedores terem acesso a uma linha de crédito mais competitiva que a sua convencional.

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