Como restaurantes estão escapando de aplicativos de entrega para serem independentes

Rio Grande, Rio Grande do Sul 16/3/2020 –

Com o surgimento de aplicativos de entrega de comida, os donos de restaurantes começaram a ingressar nessas plataformas com a expectativa de aumentar as vendas do delivery, porém as vantagens de utilizar desses serviços não resultaram no aumento do lucro esperado para todos.

Segundo o Instituto de Foodservice Brasil (IFB), o delivery aumentou 23% no país entre os anos de 2017 e 2018. Em relação ao ano de 2019, os dados da Receita Federal, obtidos pelo Sebrae, apontam que 200 mil microempreendedores individuais (MEIs) estavam trabalhando no fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar.

Para parte dos restaurantes que investiram em estar nas plataformas de entrega de comida mais utilizadas pelos brasileiros, na expectativa de aproveitar do marketing desses aplicativos e aumentar as vendas do delivery, os resultados não foram os melhores.

Dentro dessas plataformas a disputa é grande, somente no iFood são 131mil restaurantes disponíveis em todo país. Para conseguir mais visibilidade dentro desses aplicativos, os estabelecimentos lançam promoções frequentemente e competem pela atenção do público, ofertando preços mais baixos, acarretando numa redução significativa do valor do produto.

Além de se sentirem sujeitos a lançarem promoções para ter mais visibilidade, donos de restaurantes também comentam negativamente sobre as taxas de entregadores das plataformas e em cima do valor dos produtos, contribuindo ainda mais na redução das margens de lucro.

Recentemente, uma série de relatos foi lançada numa reportagem da BBC Brasil, listando os problemas que oito donos de restaurantes, bares e lanchonetes tiveram com uma das plataformas de entrega de comida mais populares no Brasil. “Quando eu entrava na promoção, a média de pedidos passava de seis para 20 no dia, mas eu não tinha lucro”, explica Alexandre Sampaio Padovani, dono do restaurante Hollyfood, em São Paulo.

Outro grande desafio para os restaurantes, que utilizam de plataformas terceirizadas, é ter que lidar com a falta de informação sobre os seus clientes. O programa de fidelidade e o envio de cupons são estratégias muito utilizadas pelos restaurantes, mas que ficam impossibilitadas de serem realizadas dentro dessas plataformas. Ocasionando numa dependência com esses aplicativos de entrega, pois sem informações dos clientes, os restaurantes não tem um público garantido se decidirem parar de utilizar desses serviços.

Para contornar essa situação, os restaurantes estão utilizando da tecnologia para migrar os seus clientes das plataformas de entrega para os aplicativos gratuitos, e que também são os mais utilizados no Brasil, como o WhatsApp, Facebook e Instagram.

O WhatsApp foi o aplicativo mais baixado no Brasil em 2019, em segundo e terceiro lugar temos, o Facebook e o Facebook Messenger, respectivamente. Em seguida, está o WeChat e depois o Instagram, segundo o relatório Estado do Mundo Móvel 2020, da consultoria App Annie.

Para migrar os clientes das plataformas pagas para as próprias redes sociais do restaurante, a estratégia tem sido investir no próprio marketing digital, divulgando promoções e descontos exclusivos para os pedidos que são feitos direto pelo WhatsApp, Facebook ou Instagram.

Até as embalagens dos produtos estão servindo também de estratégia para a migração, nesses materiais que são entregues aos clientes pelas plataformas pagas, os donos de delivery têm divulgado vantagens para os pedidos de comida que são feitos exclusivamente pelas redes sociais, como cupons de desconto.

Colaborando com a migração, a Inteligência Artificial tem sido utilizada para realizar o atendimento automatizado das redes sociais dos deliveries e para enviar o cardápio para os clientes, através de serviços como do Anota AI. Dessa forma, os empresários não precisam se preocupar com a forte demanda vinda das redes sociais ou com o gerenciamento dos pedidos, pois já existe a automatização do envio do pedido direto do bate-papo para a impressora do delivery também.

“Antes da gente trabalhar com o Anota AI, nós tínhamos um gargalo de vendas. Porque a gente não conseguia vender tanto mais do que nós vendíamos, porque parava no atendimento. Depois que a gente implantou o sistema, nós aumentamos bastante as nossas vendas porque o robô atende várias pessoas ao mesmo tempo”, explicou Bruno Vigil, de 32 anos, da hamburgueria The Black Dog Burger House.

Possuindo os dados dos clientes e utilizando as redes sociais do restaurante para fazer as vendas, os empresários conseguem ter o controle das suas promoções e cupons de desconto. Além de terem voltado a utilizar o programa de fidelidade, mas agora dentro dessas redes sociais e de forma automatizada.

Website: https://anota.ai/home/

Web Site: