Como tirar o melhor proveito da informação no meio de tanto dado?

14/2/2020 –

À medida que o volume de dados continua a crescer, as operadoras precisam reavaliar os processos existentes, a fim de impulsionar os negócios em 2020 e não se perder no meio de tanta informação. Lançamentos 5G à parte, a quantidade e a velocidade desses dados aumentaram consideravelmente com o 4G e, sem dúvida, continuarão nessa trajetória. Então, o que isso significa para os provedores de serviços hoje? O potencial de extrair informações valiosas desses dados não pode ser ignorado e as oportunidades de receita inexploradas continuam sendo negligenciadas sem os processos adequados de análise de dados. Com o 5G, esse déficit está definido para se tornar ainda mais agudo. Então, o que deve ser feito?

Compreender como os clientes estão usando o serviço de Telecom é fundamental para manter a participação de mercado e garantir a relevância da operadora. Isso requer uma abordagem orquestrada para entender os dados usados rapidamente e descobrir como ficar à frente das rápidas mudanças – segundo o ponto de vista e as expectativas dos consumidores.

Gerenciar a Qualidade do Serviço (QoS) na transição do 4G para o 5G está se tornando um grande desafio às operadoras. Enquanto a realidade virtual (VR) e a realidade aumentada (AR) ganham popularidade entre os jogadores, os provedores de serviços estão lutando para atender a esses requisitos de QoS em redes 4G – já com muito congestionamento. Então, como garantir que a distribuição da largura de banda seja alocada ao serviço apropriado para o cliente certo no momento ideal? É aqui que uma visão detalhada e oportuna dos dados de consumo permite a alocação dinâmica da QoS superior para serviços específicos a clientes de alto valor.

Identificar insights de dados acionáveis ​​em escala se torna ainda mais desafiador no que diz respeito à implantação de aplicativos de IoT. A complexidade inerente a milhares, senão milhões, de dispositivos que exigem conectividade e a capacidade de tomar decisões significativas com base nos dados produzidos se torna mais desafiadora. Pode-se tomar como exemplo as recentes inundações em Veneza.. Se houvesse uma infraestrutura digital de sensores para monitorar os níveis de água com a capacidade de identificar automaticamente a taxa de mudança e acionar uma resolução, uma quantidade significativa de dano poderia ter sido evitado.

A Inteligência Artificial e a automação podem gerar novas receitas e impulsionar os negócios das operadoras em 2020. Isso mostra um leque grande de oportunidades geradas pelo processamento de dados de alto volume e em tempo real. É válido ter um foco em gerar maior rentabilidade e na monetização, mas os provedores de serviços também precisarão examinar áreas como garantia de serviço, auditoria e controle da qualidade e integridade dos dados.

Com tudo isso, esse grande volume de dados traz ao mesmo tempo mais complexidade na gestão, extração  e armazenamento de dados, porém adiciona um mundo imenso de oferta de novos serviços a ser explorado para gerar mais negócios e melhorar a experiência do cliente.

Por Antônio Júnior, diretor de MKT e Vendas da Openet Brasil

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