Crescimento de capital de risco e busca por inovação impulsionam investimentos em startups no país

São Paulo, SP 16/12/2020 –

Diante do aquecimento do setor, a Setter cria nova unidade de negócios para atender de maneira especializada as empresas do ecossistema empreendedor

A busca incessante por inovação entre as grandes empresas brasileiras, aliada a um ambiente que estimula o capital de risco e à pressão por digitalização dos negócios trazida pela pandemia do novo coronavírus, vem impulsionando os investimentos em startups no mercado brasileiro.

Só em novembro, a Via Varejo, maior rede varejista de eletrodomésticos e eletrônicos do país, anunciou a compra de participação no hub de inovação Distrito, que tem mais de 300 startups conectadas à sua plataforma. E os grupos do setor de saúde Fleury e Sabin anunciaram a criação de um fundo de investimentos em startups, com capital inicial de R$ 200 milhões.

“Há hoje no Brasil uma conjunção de revolução tecnológica, um cenário macroeconômico que favorece o empreendedorismo, com juros muito baixos, e uma profissionalização do setor. Tudo isso gera uma perspectiva de crescimento robusto para esse mercado nos próximos anos”, afirma Flávio Vaisman, sócio da Setter.

Até novembro, as startups brasileiras receberam US$ 2,87 bilhões (R$ 14,68 bilhões) em aportes. Ao todo, foram 426 rodadas de investimento, de acordo com levantamento realizado pela Distrito.

A união entre grandes empresas e startups gera perspectiva de ganhos para ambos os lados, mostra estudo do Fórum Econômico Mundial sobre o tema. De acordo com o texto, as startups se beneficiam da garantia de financiamento dada pelo investimento das empresas, enquanto podem acessar uma rede de contatos e clientes que ajudam a escalonar o negócio.

Do lado das companhias, a cultura de inovação e as ferramentas disruptivas trazidas pelas startups ajudam a manter o crescimento, enquanto permitem focar as necessidades dos clientes e adaptar soluções mais facilmente.

Diante desse cenário, a Setter, fundada em 2008 para apoiar as empresas no crescimento e expansão dos seus negócios, decidiu criar uma nova unidade de negócios, a Setter Tech, voltada especialmente ao atendimento de companhias dentro do ecossistema empreendedor.

“Este é um universo em ebulição. Tudo o que está acontecendo agora é o início do que vamos enxergar nos próximos dez anos. Então montamos uma área para oferecer soluções específicas para esse ecossistema”, afirma Vaisman, à frente da nova unidade de negócios.

A Setter Tech se concentra em oferecer a essas companhias todos os serviços a que os clientes da Setter já têm acesso: planejamento estratégico e financeiro, captação de recursos e fusões e aquisições. E atua em ambas as pontas: auxiliando as empresas que buscam inovar e as startups à procura de ganhar espaço no mercado e captar recursos.

Já em operação, a área assessorou a Via Varejo na aquisição de participação no Distrito. Além disso, já fez seu primeiro investimento em startups. A escolhida foi a healthtech HFocus, a única empresa especializada no monitoramento de satisfação em saúde no Brasil.

“A marca Setter – e a nossa experiência – conquistou um espaço de seriedade e competência no mercado. Somos reconhecidos pela qualidade na entrega e pelo comprometimento equivalente ao de quem é dono do negócio. E é isso que trazemos agora para a Setter Tech”, diz Judith Varandas, sócia da Setter.

Para aproveitar o know-how da empresa, a Setter Tech tem como foco três segmentos de atuação: saúde (humana e animal), serviços financeiros e agronegócio. “São áreas impactadas de maneira muito positiva pela tecnologia, gerando milhares de oportunidades. Elas se mostraram resilientes à pandemia – e foram, inclusive, beneficiadas por ela, o que reforça nossas apostas”, afirma Flavio Vaisman.

“Acreditamos que 2021 será um ano de muito crescimento e captura de novos negócios”, diz. Os dados da Distrito mostram, por exemplo, que as fintechs (startups voltadas a soluções financeiras) foram as que mais atraíram investimentos em 2020, até outubro – mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,1 bilhões) em 70 rodadas.

Ao todo, o Brasil tem hoje mais de 12 mil startups mapeadas, em 705 cidades e 32 setores. O país conta também com 41 aceleradoras de negócios e 12 unicórnios (nome dado às empresas de tecnologia cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1 bilhão).

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