Crise dobra os juros e força o setor agro a buscar novas alternativas para a liberação de crédito

Porto Alegre – RS 14/4/2020 – Em meados de fevereiro o COVID-19 chegou ao Brasil, impactando diretamente o setor do agronegócio no país.

Diante da crise provocada pela passagem do COVID-19 o setor agro se reinventa para driblar os impactos negativos e descobre novas alternativas de liberação de crédito.

Em meados de fevereiro o COVID-19 chegou ao Brasil, impactando diretamente o setor do agronegócio no país. Segundo o ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento o setor desempenha papel fundamental na economia brasileira, sendo, responsável por 21,6% do PIB nacional.

Os impactos econômicos ocasionados pela pandemia podem ser percebidos de diversas maneiras no mercado financeiro, principalmente no aumento do dólar e nas quedas significativas das bolsas de valores mundiais, devido à instabilidade que todos os países enfrentam neste momento. A dificuldade na exportação também se revela um desafio, pois fronteiras, portos e aeroportos estão com restrições severas na comercialização, com o objetivo de evitar a propagação do COVID-19.  Embora com este cenário adverso, João Martins da Silva Junior, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirma que, mesmo com dificuldades, o Brasil vem trabalhando com a livre produção e comercialização no setor.

Ainda que o setor agro não tenha parado suas operações durante o período de quarentena no Brasil, a preocupação que toma espaço em meio aos produtores é com a próxima safra. O Banco Central nega, mas os agricultores relatam maiores dificuldades para conseguir liberação de crédito, pois além da habitual burocracia, os bancos têm aumentado os juros e retido a liberação para custeios.

Antes da crise, os programas de liberação de crédito rural estavam trabalhando com taxas de juros que auxiliavam do pequeno ao grande produtor e que variavam entre 3% e 7% ao ano. Os prazos para a liberação do crédito dependiam do acordo da modalidade, finalidade e o plano escolhido, podendo estes se estenderem até seis meses.

Nesta quinta-feira, 9, o Conselho Monetário Nacional (CMN), comunicou um pacote de ajuda econômica para os pequenos agricultores afetados pela pandemia e pela estiagem, essa última responsável por grandes perdas, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Este pacote propõe prorrogar as dívidas com vencimento previsto para o primeiro semestre de 2020, para o dia 15 de agosto de 2020, porem, os bancos estão sendo muito seletivos para selecionar quem poderá ou não, renegociar suas dividas.  Dentre as medidas, estão, também, a liberação de créditos emergenciais entre R$ 20.000,00 a R$ 40.000,00 por pessoa, com taxas de juros variando de 4,6% e 6% ao ano.

Com a intenção de amenizar os impactos no setor, que segundo os agricultores estão em busca de novas soluções de crédito para seus negócios, visando desde a aquisição de bens, como maquinário, terras ou construções para melhoria da infraestrutura, até a industrialização de seus produtos, bem como custeio com as despesas do plantio até a colheita e seu respectivo processo de comercialização.

O consórcio, mesmo sendo um velho conhecido para os brasileiros, surge como uma nova alternativa muito vantajosa para quem está com dificuldades em conseguir créditos nesta linha de agronegócio. Com linhas de créditos similares as oferecidas pelos bancos, o consórcio pode oferecer ao agricultor maiores benefícios.

Em conversa com o CEO da Talento Consórcios, empresa especializada na liberação de crédito no setor Agro, Fernando Gatelli, o especialista conta que desde o começo da crise a procura por consórcios pelo setor agro cresceu mais de 30%. Ele garante que é um modo seguro e com juros menores do que 2,5% ao ano: uma das taxas mais baixas do mercado para a liberação de crédito.

Fernando Gatelli afirma que o consórcio atualmente é considerado uma das melhores formas de obter capital, com um processo bem menos burocrático que os atualmente utilizados e que, quando bem planejado, pode ter uma rápida liberação dos recursos financeiros.

Mesmo com a crise, especialistas têm uma visão otimista para o setor. O Técnico do Deral (Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento), Edmar Gervásio, diz que: “2020, começou com uma perspectiva muito positiva para o setor, sendo responsável pelo crescimento do PIB do país em 1,3%. Esperamos que mesmo com a crise causada pelo corona vírus, o setor agro se reinvente, afinal trata-se de um dos setor de maior importância, tanto para a economia, como por fornecer alimentos nas mesas de milhões de brasileiros. O agro não pode parar!”, pontua o técnico.  

 

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