Crise imobiliária da Espanha não traz riscos ao mercado brasileiro

9/5/2013 –

A Crise na Espanha

O euro foi introduzido no mercado em 1º de janeiro de 2002. A unificação monetária da Europa não foi fruto de uma crise, mas sim de um processo de integração do continente. Na Espanha, a nova moeda estimulou a economia e o crédito teve uma expansão desenfreada. Assim como acontece no Brasil, a compra de apartamentos, casas, sobrados e imóveis em geral foi facilitada. Os bancos emprestavam dinheiro a juros baixíssimos para quem financiasse um imóvel.

Com a crise financeira de 2008, o desemprego e a desaceleração econômica deixaram a população sem condições de arcar com as dívidas. Os bancos recuperaram os imóveis, que desvalorizaram bruscamente. A inadimplência foi imensa, cerca de 400 mil imóveis foram recuperados. Sem moradia, a população ficou revoltada e foi as ruas protestar, uma mulher de 53 anos se suicidouapós ser despejada de sua casa.

Para amenizar o problema, o ministro da Economia, Luis de Guindos, afirmou que ninguém mais será despejado por causa da dívida hipotecária. Os bancos irão suspender por dois anos as ordens de desocupação originadas pela crise e pelo desemprego. Atualmente, quase 1 milhão de unidades habitacionais estão vazias na Espanha.

Na tentativa de uma solução, os contribuintes dos países da zona do euro destinaram recursos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), para salvar os bancos espanhóis. Esses pacotes de apoio exigem contrapartidas de ajuste, que podem aprofundar as recessões.

O povo espanhol já trabalha com PIB negativo, trata-se de uma multidão de indignados. Seria loucura exigir mais sacrifícios. Desta forma, a crise financeira espanhola torna-se uma crise social, assim como acontece na Grécia. Alguns especialistas acreditam que Espanha e Grécia deveriam abandonar o Euro, para retomar as suas moedas antigas ,outros acreditam que isso seria um grave erro. A questão é polêmica.

O cenário brasileiro

O termo “bolha imobiliária” traz medo a economia brasileira. Espanha e Estados Unidos são exemplos da gravidade do problema. Por enquanto, a crise espanhola não traz maiores problemas ao Brasil. Em geral, os investidores ficam com receio de investir no mercado em si, mas esses efeitos são irrelevantes. Para os bancos brasileiros, o problema é quase nulo, a dependência de fundos externos é pequena.

Até mesmo o banco espanhol, Santander, é pouco influenciado pela crise. O banco funciona como um entidade independente da matriz. É lógico que os espanhóis podem vender a agência brasileira para ajudar no desempenho da espanhola. Por enquanto não há indícios dessa venda, porém, se a crise na Espanha não for controlada, a possibilidade ganhará força.

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