Design thinking, Lean Startup, Scrum e a inovação empresarial

São Paulo 10/2/2020 – As startups de base tecnológica escalam seus modelos de negócio rapidamente. A agilidade é uma característica que está em seu DNA.

O mundo está atravessando a Quarta Revolução Industrial e uma das grandes mudanças presenciadas é o aumento da “velocidade” no mundo dos negócios: ela é exponencial. Com isso, o tempo que se tinha para desenvolver novos produtos e serviços no passado foi incrivelmente reduzido e as velhas metodologias de pesquisa e desenvolvimento de produtos precisam ser revistas, agilizadas. É preciso inovar com maior velocidade.

Historicamente, grandes empresas investiram em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, utilizando metodologia científica em laboratórios e universidades, como, por exemplo, na indústria farmacêutica que pesquisa novos medicamentos, ou na indústria automobilística que desenvolve novas tecnologias para motores. A inovação era mais “fechada” porque era desenvolvida internamente nas organizações, com máximo sigilo, ainda que em parceria com Universidades e Centros de Pesquisas.

Mais recentemente se tem observado uma adoção de novas estratégias que visam a inovação empresarial mais aberta, com o objetivo de atingir a inovação de forma mais rápida e ágil. E quando se fala em agilidade para inovação, é preciso citar o fenômeno das startups de base tecnológica que escalam seus modelos de negócios rapidamente, empresas como Google, Facebook, Uber, Airbnb, dentre outras. Essas empresas surgem com ideias, tecnologias, modelos de negócios inovadores e conquistam os mercados rapidamente. Nessas empresas, a agilidade é uma característica inerente ao seu próprio surgimento, está no seu DNA.

Nas startups, o empreendedor não tem recursos financeiros em abundância e o tempo de pesquisa e validação das ideias é muito curto. Assim, é preciso acelerar a comprovação das hipóteses de pesquisa, criar experimentos mais ágeis para validar as novas ideias. Métodos mais ágeis passam a fazer a diferença no mundo dos negócios, tais como:
Design Thinking: É uma abordagem que busca a solução de problemas de forma colaborativa, em uma perspectiva de empatia com todos interessados nessa solução. A multidisciplinaridade, a intuição e a lógica convergem para encontrar as melhores soluções.

Lean Startup: É um método criado por Eric Ries (empreendedor norte-americano) através de uma adaptação do conceito de Customer Development do professor Steve Blank, umas das maiores autoridades nessa área de criação de novos negócios na Era Digital. O método ensina como direcionar os esforços de uma startup, indicando quando redirecioná-la ou quando preservar suas estratégias para um crescimento acelerado.

Scrum Agile: É uma metodologia para gerenciamento de projetos de forma mais ágil, adequada para desenvolvimento de produtos complexos e adaptativos. Scrum possui foco no gerenciamento de projeto em cenários de difícil previsão de futuro e planejamento, o que se encaixa muito bem na necessidade de muitas organizações na Era Digital.

A tendência da área de inovação nas grandes corporações é adotar estratégias de inovação inspiradas nessas metodologias, se aproximando do ecossistema de startups e adotando modelos de “Inovação Aberta”. A aproximação das grandes corporações com instituições de ensino e pesquisa, aceleradoras de startups, e a criação de áreas de inovação que apliquem metodologias como Design Thinking, Lean Startup e Métodos Ágeis para desenvolvimento de seus projetos é essencial para oxigenação da gestão da inovação, para transformação digital e para que a empresa aproveite todas as oportunidades que se apresentam para ela nessa Quarta Revolução Industrial.

Prof. Dr. Cláudio Carvajal – Coordenador Acadêmico no Centro Universitário FIAP.

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