Dia de Finados deve movimentar comércio de flores em São Paulo

São Paulo 30/10/2020 – “Flor é amor, presentear quem você ama com flores é uma das coisas mais lindas que existem”, diz Alexandre Souza, da Asp Decoração.

Com procura por decoração mais tímida, decoradores se reinventam para driblar a crise econômica

A preparação para o Dia de Finados, celebrado na próxima segunda-feira (2), já movimenta os cemitérios e as floriculturas, mas o que muita gente não sabe é que muitos decoradores de festas também aproveitaram essa onda para vender arranjos de flores. E é visando atender este público que o design floral e decorador, Alexandre Souza, incluiu no próprio negócio a venda de flores.

“Flor é amor, presentear quem você ama com flores é uma das coisas mais lindas que existem. Nessa época, muitas pessoas pedem buquês de rosas vermelhas, porque o tabu de serem apenas alguns tipos de flores em cemitérios já passou. E em velórios é o mesmo caso”, destaca Alexandre.

Além de ser um momento para limpar e decorar túmulos de familiares, o período também é dedicado a auxiliar outras pessoas na escolha por flores para enfeitar sepulturas. Alexandre também cuida e comercializa flores naturais. Entre elas, estão os gladíolos (conhecidos popularmente como palmas de Santa Rita), que, nesta época do ano, são ainda mais procurados.

“Trabalhamos sempre com exclusividade, afinal, cada pessoa tem sua forma de encarar os desafios e as escolhas. Olhar com calma, perceber as necessidades, também é uma maneira de respeitar a intimidade de cada um”, comenta Alexandre sobre a importância de valorizar o desejo de cada cliente.

O desing floral percebeu que a procura por decoração, mesmo que para poucas pessoas, ficou mais tímida. Ele acredita que com o avanço das flexibilizações e ampliação da capacidade pode ser que, em breve, a busca pelo setor aumente. A Gisele Silva pretendia se casar em março deste ano. A comemoração de casamento estava planejada para acontecer em um sítio, em Mairiporã, na grande São Paulo. Ela é uma das milhares de noivas que cancelaram as festas neste ano. Agora, ela começa a ver sinais de que, em um futuro próximo, poderá retomar os planos, mesmo que para isso tenha que reduzir o número de convidados.

“Ainda estou aguardando o caminhar das coisas, preciso me acostumar novamente com esse mundo de festa com menos pessoas juntas. A flexibilização me tranquiliza porque posso cogitar fazer alguma comemoração com menos pessoas, tem uma margem mais segura para ampliar”, afirma a noiva Gisele Silva.

Desde o início da pandemia provocada pelo Coronavírus e a quarentena imposta pelo Plano São Paulo do Governo do Estado, o comércio tem passado por desafios. Segundo projeção da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), a venda de flores caiu drasticamente neste ano, muitas foram usadas, inclusive, para adubo de terra entre os meses de março e julho. Mesmo sem projeção para a decoração de eventos, o feriado de Finados deve trazer ânimo para o setor. A expectativa é que a data atinja pelo menos 80% do arrecadado em 2019.

Para reduzir esse impacto na economia, o Ministério da Agricultura e Pecuária autorizou o financiamento para estocagem e comercialização de flores, em apoio a cooperativas, agroindústrias e cerealistas. O limite é de R$ 65 milhões por beneficiário. A taxa de juros, para as cooperativas familiares, será de 6% ao ano e para as demais empresas, de 8%. O prazo para pagamento será de 240 dias. Os pequenos produtores de flores vão ter ajuda de uma linha especial de crédito do Programa de Agricultura Familiar (Pronaf) de R$ 20 mil por família, com juros de 4,6% ao ano, para pagar em 36 meses. Foi criada também uma linha de crédito para médios agricultores, com limite de R$ 40 mil e juros de 6% ao ano.

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