Dia Mundial da Água exige reflexão e ação para ser sinônimo de vida, saúde e desenvolvimento

São Paulo – SP 18/3/2020 – Quase 700 espécies de animais marinhos, incluindo muitos em perigo de extinção, comem, emaranham-se ou se asfixiam com o plástico.

Água de qualidade é requisito básico para uma vida digna. O Dia Mundial da Água, 22 de março, reforça a importância de valorizar este vital recurso natural. “Infelizmente, o acesso à água potável e ao saneamento básico está longe de ser uma realidade para mais da metade da população mundial”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

No Brasil, de toda a água utilizada, 70% são consumidos pela atividade agropecuária, 20% no setor industrial e 10% são voltados para o uso doméstico. O grande desafio urbano é conseguir enfrentar as enchentes em um mundo em transformação, devido às mudanças climáticas. “Em termos globais, destacam-se: o desmatamento, a urbanização acentuada e a agricultura de compactação do solo, que têm influenciado no clima”, relata Vininha F. Carvalho”.

Estimativas recentes mostram que 31 países experimentam o estresse hídrico, onde a demanda por água é maior do que a sua disponibilidade e capacidade de renovação. É possível que, no futuro, haja guerras por causa da escassez de água, por isso é mais barato e mais inteligente que os países pensem sobre um planejamento hídrico agora. Israel é um exemplo para o mundo, porque mesmo tendo vizinhos hostis e com poucos recursos hídricos conseguiu repensar seu estilo de vida e sobre o uso consciente dos recursos naturais.
Como resultado, Israel tem uma cultura de economia de água e lá todos sabem como usá-la. A avaliação foi feita pelo escritor, empreendedor, advogado e ativista ambiental norte-americano Seth Siegel, que veio ao Brasil a convite da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e da Federação Israelita do Estado de S.Paulo (Fisesp), para falar sobre sua especialidade: a água.

A cada segundo são utilizados, em média, 2 milhões e 83 mil litros de água no Brasil (ou 2.083 metros cúbicos por segundo). Em 1931, eram utilizados apenas 131 mil litros por segundo – 6,3% do uso atual. O uso da água deverá crescer 24% até 2030, superando a marca de 2,5 milhões de litros por segundo. “Estas informações constam do Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil, elaborado pela ANA, e que traça um panorama das demandas pelos recursos hídricos em todos os municípios brasileiros, entre 1931 e 2030”, informa Vininha F. Carvalho.

Os estudos feitos pela Abetre (Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos Sólidos e Efluentes) indicam que são gerados cerca de cinco mil metros cúbicos por dia de efluentes industriais, dos quais 60% são despejados de modo irregular em rede de esgotos e corpos d’água. Equivale como produzir 500 caminhões-tanque por dia, dos quais 300 iriam parar na natureza, provocando grande desequilíbrio.

Embora o plástico tenha contribuído para revolucionar o consumo, o plástico descartável ou de uso único, como as garrafas de água, as sacolas de plástico e os canudos, estão gerando atualmente uma crise global que afeta sobretudo os ecossistemas marinhos. A crise mundial do plástico descartável atinge as praias, o mar aberto, as geleiras e as profundidades oceânicas. “A cada ano, por volta de 9 milhões de toneladas de resíduos plásticos acabam no oceano e, segundo diferentes estimativas, podem permanecer no ambiente marinho até 450 anos”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

Quase 700 espécies de animais marinhos, incluindo muitos em perigo de extinção, comem, emaranham-se ou se asfixiam com o plástico. Cientistas encontraram micro plástico em centenas de espécies aquáticas, o qual afeta também a cadeia trófica: mais da metade deles acaba sendo absorvida através da alimentação. Estima-se que em 2050 haverá mais plástico do que peixes no mar e praticamente todas as espécies de aves marinhas do planeta estarão comendo plástico.

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