Especialistas dão dicas sobre como jovens devem se preparar para profissões que ainda não existem

São Paulo, SP 14/10/2020 – Quando o assunto é carreira, é importante que o jovem não se prenda a rótulos

Parte dos estudantes que ingressarão na universidade nos próximos anos trabalhará em profissões que ainda não foram criadas. A previsão é do estudo intitulado Projetando 2030: uma visão dividida do futuro, encomendado pela Dell Technologies ao Institute For The Future (IFTF). Segundo o levantamento, 85% das atividades profissionais que estarão disponíveis no mercado daqui a dez anos ainda inexistem. “Quando o assunto é carreira, é importante que o jovem não se prenda a rótulos. Ele deve pensar principalmente sobre o que quer realizar, como pretende viver e onde quer chegar”, aconselha a psicóloga Fernanda Aoki, coach de carreira e mestre em Resiliência pela Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisa do IFTF, que contou com a participação de 3.800 líderes de médias e grandes corporações de 17 países, incluindo o Brasil, aponta que a transformação do mercado de trabalho será impulsionada, sobretudo, pelo avanço da tecnologia, que decretará o fim de várias profissões, mas criará outras tantas. Ao invés de ser encarada com medo, esta dinâmica precisa ser entendida como oportunidade, pondera Thaís Pegoraro, headhunter, coach de carreira e montanhista. “O que eu recomendaria, neste momento, é que os jovens não pensem exclusivamente no curso. Também é desejável que reflitam sobre o que querem fazer e que legados pretendem deixar”, pontua.

As instituições de ensino superior mais atentas a estas mudanças já incorporaram às suas grades curriculares disciplinas voltadas à formação de profissionais que reúnam habilidades e competências consideradas indispensáveis às ocupações do futuro, que vão além do conhecimento técnico específico. Conteúdos que estimulam o raciocínio lógico, a capacidade criativa, a cultura geral, o pensamento crítico e a inteligência emocional, entre outros, são trabalhados cotidianamente nas salas de aula e laboratórios. A Facamp (Faculdades de Campinas) integra este grupo.

Nos oito cursos de graduação oferecidos pela Faculdade, o ensino tradicional tem pouco espaço. “O modelo que adotamos no curso é altamente integrado. Os professores trabalham em oficinas multidisciplinares, promovendo o diálogo entre o Direito e outros campos do saber, como a literatura, o cinema, o teatro, a filosofia e a história. Nosso objetivo não é formar um profissional que domine somente os assuntos pertinentes às Ciências Jurídicas, mas uma pessoa que também tenha ampla cultura e elevado senso crítico”, destaca o coordenador do curso de Direito da Facamp, professor Álvaro Silva.

O mesmo acontece no curso de Economia, cujo diferencial é o aprofundamento da análise das diferentes correntes de pensamento da economia, o que permite ao estudante compreender a multiplicidade de visões acerca da realidade econômica do Brasil e do mundo. “Ao entrar no mercado de trabalho, nossos egressos têm a capacidade de tomar decisões complexas e adotar ações práticas para superar os constantes desafios impostos por um mundo cada vez mais volátil, competitivo e globalizado. Esta habilidade explica porque os ex-alunos da Facamp são frequentemente requisitados para trabalhar em empresas ou organizações com destacada presença no país e no exterior”, explica o coordenador do curso, professor José Augusto Ruas.

Planejamento da jornada

De volta à questão da definição da carreira em um mundo em constante transformação, Thaís Pegoraro salienta que uma habilidade importante neste contexto é a capacidade de determinar objetivos, que muitas vezes independem da profissão escolhida. O vestibular, diz, representa somente o primeiro passo da jornada. A headhunter justifica a observação a partir da sua própria experiência. Ela escalou as sete mais altas montanhas do mundo, uma em cada continente, no período de apenas um ano e nove dias, feito que se transformou em recorde brasileiro. “Se eu tivesse estabelecido como meta aprender a escalar, eu nunca teria chegado ao cume do Everest e das outras seis montanhas. Aprender a escalar foi o primeiro passo para atingir a minha verdadeira finalidade”, exemplifica.

Embora não seja possível antever com precisão quais serão as “profissões do futuro”, uma valiosa pista sobre o perfil do profissional talhado para exercê-las foi fornecida por um relatório divulgado no início de 2020 pelo Fórum Econômico Mundial, denominado Jobs of Tomorrow: Mapping Opportunity in the New Economy. Conforme o documento, o advento de novas tecnologias em associação com as tendências globais, como a necessidade de desenvolver soluções para os impactos provocados pelas mudanças climáticas, gerará uma demanda significativa por profissionais que reúnam tanto habilidades digitais quanto humanas. Fica a dica.

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