Estudo mostra que a procrastinação é resultado da estrutura cerebral – especialista explica como vencê-la

Sao Paulo 29/11/2019 – Uma vez que você entende como a procrastinação se origina no seu cérebro, e tem as ferramentas certas para interferir nisso, você consegue quebrar esse padrão.

A procrastinação, segundo o dicionário, é: “Procrastinação é o adiamento de uma ação.”, ou seja, deixar para depois as tarefas que poderiam ser feitas agora. O André Buric, especialista em Neurociência comportamental e criador do método Reprograme Seu Cérebro, conta como a procrastinação tem se tornado o mal do século. 

“Para a maioria das pessoas procrastinação já se tornou um hábito. Não se procrastina durante as tarefas, e sim, se fazem as tarefas no meio da procrastinação do dia a dia. A consequência parece boa na hora, mas, além de perder tempo sem sair do lugar, o incômodo de ter tudo acumulado gera um cansaço mental.”

O especialista diz que, ao contrário do que muitos pensam, a procrastinação não é apenas uma má gestão do tempo, mas sim que há uma relação direta desse fenômeno com o nosso cérebro. E, uma vez entendido, isso pode ser revertido. 

“A procrastinação faz a pessoa sentir que não tem tempo para nada no dia. Muitos alunos do curso Reprograme seu Cérebro relatam só terem percebido a quantidade de tempo desperdiçado, depois de eu ter ensinado as técnicas para reverter esse quadro. “Não tem preço eu ter recuperado as horas do meu dia” é algo que eu ouço bastante.”, diz André Buric.

De acordo com um novo estudo, a procrastinação pode ser o resultado da estrutura do nosso cérebro. Esse estudo foi publicado na Psychological Science, e produzido por pesquisadores da Universidade Ruhr Bochum, que observou duas áreas do cérebro que estão envolvidas no momento da “decisão” de adiar as coisas. 

Duas áreas do cérebro se destacam nesse processo: a amígdala – “uma estrutura amendoada no lobo temporal (lateral) que processa nossas emoções e controla nossa motivação” – e o córtex cingulado anterior dorsal (ou DACC), que “usa informações da amígdala e decide que ação o corpo tomará “. O DACC é responsável por “bloquear emoções e distrações concorrentes” – em outras palavras, é a parte antiprocrastinação do cérebro.

Os pesquisadores escanearam o cérebro de 264 pessoas. Eles descobriram que os procrastinadores tendem a ter uma amígdala maior, e uma conexão mais fraca entre a Amígdala e o DACC. 

O autor do estudo, Erhan Genç, explica: “Os indivíduos com uma amígdala hiperdesenvolvida podem ficar mais ansiosos com as consequências negativas de uma ação – eles tendem a hesitar e adiar as coisas. E uma conexão mais fraca entre a amígdala e o DACC resulta em indivíduos menos capazes de filtrar emoções e distrações que interferem.”

O André Buric, explica que, o nosso cérebro não é algo fixo que não pode ser alterado. “já são infinitos os estudos que mostram que o cérebro se altera ao longo do tempo. E esse padrão cerebral pode ser alterado, especialmente se você o estimular da forma correta. Ou seja, se você souber como, você pode sim treiná-lo para não procrastinar mais, criando novos padrões de comportamento.”

O especialista conta, que entre os 13 mil alunos que já passaram por seu método, praticamente todos chegam até ele porque querem acabar com a procrastinação, e um dos resultados que mais deixam os alunos satisfeitos é justamente esse, deixar a procrastinação para trás.

“As pessoas sempre tendem a achar que elas são assim mesmo, e não tem jeito. Mas uma vez que você entende como a procrastinação se origina no seu cérebro, e tem as ferramentas certas para interferir nisso, você consegue quebrar esse padrão negativo. O interessante é que é mais simples do que geralmente as pessoas imaginam.”

Ele explica que isso é possível através da neuroplasticidade, que é, segundo o dicionário: “a capacidade de mudança e reorganização dos neurônios de acordo com mudanças ambientais, experimentais, sociais e físicas.”

“É possível você mudar os seus hábitos, dentre eles a procrastinação, com o entendimento da Neurociência, e ferramentas da PNL (Programação Neurolinguística), que geram mudanças de comportamento profundas e definitivas.”, diz André Buric. E ele complementa: “Se vale a pena? Sem a procrastinação, o dia parece que aumenta!”.

Para um maior aprofundamento nas técnicas corretas, o especialista mostra em um vídeo As 4 principais formas de não procrastinar. Você pode assistir o vídeo em: brainpower.com.br/artigoprocrastinacao

Instagram: @brainpowerbr 

Website: http://reprogrameseucerebro.com.br

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