Grupo de Mulheres em Relações Governamentais contribui com manual ABNT de boas práticas para atuação

São Paulo – SP 26/3/2020 – Para Gisela Martinez, “A defesa de interesses faz parte do processo democrático. A sociedade precisa se organizar para atuar de forma estratégica.”

O mercado de RelGov se destaca – e se multiplica – pelo Brasil. Segundo dados disponibilizados pelo “Anuário Origem 2019”, atualmente, cerca de um terço das empresas contam com uma estrutura com cinco ou mais pessoas para tratar de assuntos relacionados da área. 

Diante desse cenário, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e a Abrig (Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais) estão trabalhando em parceria para a elaboração do Manual de Boas Práticas para Relações Institucionais e Governamentais (RIG). A iniciativa atende à demanda crescente por práticas éticas e transparentes neste campo.

O Manual de Boas Práticas em RIG tem como base a experiência de organizações internacionais e de diversos países, incluindo o Brasil, e pretende guiar profissionais e organizações que atuam na área, além de servir de referência para o governo e a sociedade em geral, buscando promover uma cultura de integridade neste campo.

Com vistas a contribuir com a produção do Manual, o Grupo Mulheres em RelGov (MRG) se organizou e apresentou seu posicionamento à ABNT, por meio da plataforma de consulta pública da entidade.

Para Verônica Hoe Lopes, cofundadora do grupo MRG e Consultora de Relações Instituições na Indústria Química, o Manual de Boas Práticas em RIG deve ser um documento orientativo, capaz de guiar organizações e profissionais que atuem na área: “A posição do Grupo Mulheres RelGov é de que o manual não deve ser uma regulamentação, com obrigatoriedade de cumprimento, já que as organizações possuem suas próprias políticas de relacionamento com agentes públicos (e essas devem ser seguidas) e há diversas legislações que, de certa maneira, versam sobre a atividade de defesa de interesse.”

Nesse sentido, Verônica complementa: “As sugestões do MRG para o Manual de Boas Práticas incluem, por exemplo, substituir termos como ‘regras de conduta’ por ‘orientações de conduta’, além de mudanças em alguns tópicos para que o manual não seja um limitador da atividade de representação e defesa de interesse, que pode e deve ser exercida por qualquer grupo ou indivíduo da sociedade.”

Para Gisela Martinez, da Antakly Martinez Public Affairs, que também faz parte do MRG, “Discussões em torno da atividade de Relações Governamentais são muito importantes. A defesa de interesses faz parte do processo democrático e a sociedade precisa saber mais sobre o tema para que se organize e passe a atuar de forma estratégica, influenciando e participando de decisões que impactam seu dia a dia”.

O Manual de Boas Práticas em RIG será mais um instrumento para auxiliar na manutenção da ética e transparência na prática de Relações Governamentais no Brasil, contribuindo também para desmistificar a profissão de RIG, extremamente necessária em qualquer país democrático.

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