Hemodialíticos estão no grupo de risco, mas não devem interromper tratamento durante a pandemia da Covid-19

30/3/2020 –

Pacientes de Doença Renal Crônica devem seguir orientações da OMS e redobrar cuidados ao sair de casa para tratamento de hemodiálise

Brasília, março de 2020 – As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades de saúde brasileiras para conter a transmissão do coronavírus são claras. Testes de detecção da Covid-19 são fundamentais nesse esforço, assim como o isolamento e distanciamento social, a higienização cuidadosa das mãos e dos ambientes nos quais vivemos ou transitamos diariamente. Somente assim será possível conter, no País, desdobramentos dramáticos da pandemia que já matou milhares de pessoas em todo o mundo. Para um grupo de cidadãos, entretanto, não é possível manter o isolamento ao pé da letra. É o caso dos doentes renais crônicos. Para os que se submetem à hemodiálise, sair de casa é inevitável e vital.

Especialistas da Clínica de Doenças Renais de Brasília (CDRB) lembram que o tratamento é a única forma de evitar complicações no quadro da DRC e não deve ser interrompido. “Elaboramos um plano de contingência que define medidas de prevenção e controle durante a assistência e manejo de pacientes em hemodiálise, já que o tratamento deles não pode ser pausado”, pondera a Dra. Maria Letícia Cascelli, médica nefrologista e diretora da CDRB. O plano abrange normas para o ambiente clínico, para a equipe que atende os pacientes, para os próprios pacientes e acompanhantes e também para a equipe de triagem da clínica.

Segundo o último senso realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia, no Brasil, 126 mil brasileiros são doentes renais crônicos. No Centro-Oeste, são mais de 2,1 mil. Àqueles que necessitam da hemodiálise é preciso redobrar a atenção e seguir à risca todas as recomendações divulgadas por autoridades e profissionais empenhados a minimizar os danos da Covid-19 no Brasil e no mundo. A ida às unidades de saúde que disponibilizam a hemodiálise, que dura cerca de 4 horas e deve ser feita, em média, três vezes por semana, é o que os mantêm vivos. Por isso, é preciso que pacientes e acompanhantes estejam ainda mais atentos às recomendações, mas também alertas sobre a importância da continuidade do tratamento, que não pode ser interrompido. “No caso de sintomas da Covid-19, o paciente que faz hemodiálise deve procurar seu nefrologista imediatamente”, recomenda a medica do CDRB.

Especialistas da Clínica de Doenças Renais de Brasília (CDRB) também estão preocupados com um possível aumento de pacientes hemodialíticos nos próximos meses devido a provável temporária interrupção nos programas de transplante renal.

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