Investidor Anjo descreve os erros e acertos dos últimos 5 anos ao investir em Startups

São Paulo 11/12/2019 – As Startups precisam de processos simples que vão se modelando à cultura e ao negócio

Hoje, toda a cadeia produtiva procura investir em startups, seja para criar unicórnios ou para se modelar na gestão delas, gerando mais agilidade e competitividade nos segmentos em que atuam. Porém, apesar do desconhecido, investidores e empreendedores, de hoje e do futuro, estão cada vez mais aptos a identificar facilmente ideias básicas e simples, mas que são oportunidades bilionárias.

Só de imaginar que não se enxerga o iceberg completo, fica a certeza de que estão diante de algo complexo. Nesses últimos cinco anos, a curva de aprendizado foram os erros. Porém, com os erros as pessoas passam a estudar as falhas para errar menos, pois sem erros não existem ideias de quatro, cinco ou seis dígitos.

Os erros básicos são os piores, pois os investidores sabem que vão errar. Mas preferem ter a certeza para jamais cometê-los. Cuidado com a síndrome de Midas, ao não levar a sério, poderão sentir na pele o que realmente significa. Essa síndrome veio à tona com a venda da experiência da primeira startup. Sim, a Elemidia foi uma startup que recebeu aporte de um fundo de investimento americano após três anos de existência. Com nove anos, foi vendida na sua totalidade.

Quando se acerta bonito, fica claro na mente que as chances de sucesso são maiores que as chances de falhas, o que abre o caminho da tal síndrome. Afinal, transformar tudo em ouro não significa ter uma vida plena. A sorte foi ter sido instruídos a tempo para sair antes que pudesse dominar.

Entrar em ideias ainda no papel é outro erro bizarro. Primeiro, pela premissa de que, como todos sabem, o papel aceita tudo. Segundo, por depositar confiança nas pessoas envolvidas e acreditar mesmo que elas poderiam fazer o negócio voar, esse erro é gravíssimo. Ultimamente, só analisem negócios que já estejam faturando, independentemente do valor, mesmo que seja apenas R$ 1,00. O importante é ter algum faturamento.

Outro ponto equivocado é insistir em algo que não vai dar certo. No entanto, nesse caso, tem que ter um equilíbrio, pois existem muitos negócios que se tornaram unicórnios com mais de cinco anos, às vezes, dez anos de existência, com baixíssima receita, mas que, de repente, decola.

Ao perceber grandes barreiras para o sucesso, saia do negócio enquanto houver tempo, ainda que possa haver prejuízos. Realizar um prejuízo no mundo das startups, muitas vezes, é considerado um sucesso, pois a perda pode ser menor do que algo que poderá evaporar e ainda lhe deixar dívidas.

A Paz societária é um ponto vital na buscar em todos os investimentos. Não adianta ter um bom negócio e se envolver com sócios difíceis que perdem mais tempo com fatos inúteis do que se dedicar com humildade, caráter e, principalmente, sem burocracias.

Uma startup precisa de processos simples que vão se modelando à cultura e ao negócio. Jamais podem ter burocracias. Por isso, tem que ter muito cuidado e conhecer bem com quem os investidores se associam para não cair em uma armadilha.

Visando mitigar alguns destes problemas, existe uma metodologia de aprendizado chamada de “hold up”. Esse método analítico que envolve diferentes estruturas das startups, processos experimentais e racionais promove uma investigação mais completa, seja para descobrir um resultado, seja para se obter um fim que é almejado. Isso tem nos ajudado a resistir como investidor, minimizando as chances de perder o capital, potencializando a decisão pelo melhor negócio.

No momento “hold up” ao qual se passa e vem investindo em startups, o que nos leva a pensar que tudo vem com o desafio do risco viciante. Por isso, que a busca pelos unicórnios sempre continuará, seja como venture builder ou venture capital. O importante é nunca perder a perseverança. Resista e invista, mas não insista nos erros.

Sobre o autor:

Cofundador da Elemidia, Ricardo Franco Marques criou seu próprio fundo de investimento logo após a venda da empresa, o qual foi responsável por criar e alavancar startups de diversos segmentos, como Music2, Vevo Brasil e Spark Mídia de Influência. Atualmente, o empresário é sócio da ROIx e do Global Data Bank – empresas focadas em inteligência e proteção de dados e ativação de mídia programática – junto com os fundadores Raphael Klein, Guilherme Soter, John deTar e Roberto Eckersdorff.

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