Mal de Alzheimer na família! O que eu faço agora?

Piracicaba, São Paulo 25/3/2013 – O primordial é ter paciência e muito amor. O familiar também precisa ter em mente que ele precisa dividir as tarefas no cuidado do idoso e pedir ajudar sempre que possível. O auxílio médico também é essencial

O Mal de Alzheimer é uma doença comum em idosos. Estima-se que a doença atinja 5% da população de 60 anos, que dobra a cada cinco anos e chega a 25% nas pessoas acima de 90 anos. Apesar de não haver dados sobre a incidência da doença no Brasil, é possível estimar através de pesquisas em outros países e dos dados do IBGE que existam 1,2 milhões de brasileiros com a doença.

Essa realidade traz outros temas à tona: como identificar a doença e como lidar e cuidar do portador de Alzheimer?

Ana Maria Molinari, diretora técnica do Bellatrix Residencial para Idosos, explica que os primeiros sintomas da doença são o déficit de memória; alterações no comportamento; incapacidade para as atividades diárias; perda das habilidades motoras, tais como vestir-se, cozinhar, dirigir; confusão mental e mudanças de comportamento. “É importante lembrar que um simples esquecimento, como não lembrar onde deixou a chave do carro, por exemplo, não é um sintoma da doença, mas sim uma falta de atenção. Agora, se idoso esquece o nome do objeto e para que ele serve, esse sintoma merece atenção. Além disso, se estes sintomas forem percebidos, é necessário buscar um médico para se ter o diagnóstico correto”, comenta.

Diagnosticada a doença, há uma série de medidas que o familiar desse idoso precisa adotar. É importante manter rotina normal do idoso sempre que possível, inclusive a rotina social. Promover contato com crianças e animais também tem um grande valor terapêutico. “Além disso, manter os horários do idoso, os objetos no lugar e solicitar a ajuda dele para alguma atividade ajudam a preservar a saúde mental dele”, explica Ana Maria.

Nesse sentido, os ambientes da casa precisam estar adequados a essa nova realidade, para isso devem ser seguros, simples e com poucos móveis. Veja como prepará-los:

Sala
– O telefone deve ter identificador luminoso;
– A TV precisa ter controle remoto, com letras e números grandes;
– Deixar os retratos de familiares na parede.

Cozinha
– Deve ter armários baixos;
– Objetos perigosos como facas e tesouras devem ser retirados, ficando longe do alcance do idosos.

Banheiro
– Use a cadeira de banho;
– Providencie tapete antiderrapante;
– Instale barras de proteção;
– Identifique os objetos de higiene e deixe-os em um lugar de fácil acesso;
– Mantenha a luz sempre acesa.

Quarto
– Identificar as gavetas do guarda roupa. Exemplo: gaveta de pijamas;
– Opte por um relógio com calendário grande;
– Providencie um abajur com sensor de toque;
– Deixe o ambiente com boa iluminação ;
– Coloque um tapete fixo no quarto.

Além de proporcionar um ambiente físico adequado, os familiares do idoso com mal de Alzheimer, podem tomar uma série de medidas para ajudar a retardar o agravamento da doença e promover o bem estar do doente. Um primeiro passo é auxiliar na comunicação do idoso, utilizando palavras simples, frases curtas, falar claro e lentamente, evitando utilizar tons de voz agressivos ou gritar com o idoso, não ameaça-lo, manter certa distância ao falar, olhar no olho ao conversar com ele, demonstrar carinho, beijar e abraçá-lo, estar atento e reconhecer os sentimentos e emoções dos idosos, mostrar os objetos ao idoso e identificá-lo, além de promover atividades terapêuticas como jogos, cruzadinhas, pintura, desenho, artes, bordado, dança. “O parente precisará ser flexível em tudo e ter paciência, pois apesar da memória estar prejudicada, ele ainda tem sentimentos e emoções. Vale ressaltar que o idoso com Alzheimer não deve ser tratado como criança e que não se deve discutir com ele”, afirma a diretora do Bellatrix.

Ela ainda dá algumas dicas de como perceber se a doença está ficando mais grave. “Geralmente o idoso fica mais distraído e começa a ter dificuldade de lembrar nomes e palavras. Há um esquecimento crescente e dificuldade de aprender coisas novas. O familiar também irá perceber a deterioração das habilidades verbais, lapsos pequenos de memória, desorientação em ambiente familiar, menor atividade social dentro e fora de casa. As alterações no comportamento também são um indício de que a doença está se agravando, neste caso é comum ele apresentar sentimentos de frustração e ficar mais impaciente e inquieto”, diz.

Nesta fase, algumas medidas ajudam o familiar a lidar com a frustação do paciente. Manter a calma, ter paciência e evitar sentimentos de culpa são algumas delas. Além disso, o familiar pode providenciar atividades físicas e de relaxamento, buscar programas de TV, rádio e música que sejam do gosto do paciente. “O primordial é ter paciência e muito amor. O familiar também precisa ter em mente que ele precisa dividir as tarefas no cuidado do idoso e pedir ajudar sempre que possível. O auxílio médico também é essencial”, finaliza Ana Maria.

Sobre o Bellatrix
O Bellatrix Residencial para Idosos é um espaço que oferece cuidados especiais e atendimento integral para seus residentes aliando segurança, conforto e humanização. A Instituição se enquadra nos padrões exigidos por lei na categoria de ILPI – Instituição de Longa Permanência para Idosos.

O objetivo do residencial é proporcionar aos residentes uma vida saudável através de acompanhamento médico, enfermagem, atividades de caráter ocupacional, entretenimento e fisioterapia, suporte social e emocional, tudo isso no conforto e segurança de um espaço preparado para melhor atender as mais variadas e específicas necessidades dos moradores.

Para isso, dispõe de uma equipe multidisciplinar que trabalha com muito amor e carinho na família Bellatrix.

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