Mercado de acessibilidade apresenta crescimento mesmo durante pandemia

São Paulo 31/8/2020 – A pandemia alterou o comportamento dos brasileiros e o perfil mudou para o usuário que pretende evitar quedas domésticas

Segundo o IBGE, cerca de 45 milhões de brasileiros, o equivalente a 97% da população de toda a Espanha, possuem deficiência física. Dentre eles, estão os idosos que representam 67,2%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 24% da população brasileira é composta por pessoas que possuem algum tipo de deficiência. Este universo de consumidores potenciais está dividido em 42% de pessoas das classes A e B, 44% da classe C e apenas 14% das classes D e E, que possuem uma renda mensal média de R$ 1.790,00. 

Por conta da quarentena, as pessoas com mobilidade reduzida passaram a adaptar as residências e, com isso, aquecer a indústria que não foi contaminada pela Covid-19. O setor movimenta R$ 5,5 bilhões ao ano. Apenas um fabricante, do interior paulista, registrou aumento nas vendas e já estima um faturamento de R$ 22 milhões para 2021. RJ, RS, SP E MG são os Estados que mais consomem produtos de acessibilidade. 

Nesse período de isolamento, apenas bengala, cadeira de roda e andador não bastam. Em confinamento, esse público trocou as calçadas pelo o lar, o que resultou uma corrida nas compras de produtos acessíveis para as residências. Essa tendência, que também foi estimulada pela Covid-19, fez a Planeta Acessível, maior fabricante brasileiro do segmento, aumentar a produção para atender a demanda de barras de apoio, alarme para banheiro e placas de sinalização. O maior consumo anteriormente era mais proveniente de construtoras, órgãos públicos e agências bancárias. 

“A pandemia alterou o comportamento dos brasileiros e o perfil mudou para o usuário que pretende evitar quedas domésticas”, comenta o CEO da marca, Marcelo Costa, ao informar que a pessoa com deficiência está sujeita a maior risco de queda, sobretudo, em razão das fragilidades físicas, notadamente àquelas que resultam em insuficiência e/ou dificuldade respiratória. 

Os idosos não ficam de fora dessa estatística, pois 38% dos acidentes domésticos são resultados de queda. A população acima de 60 anos soma, hoje, 30,2 milhões dos brasileiros; o estado com maior taxa de idosos é o Rio de Janeiro (13,06%), seguido pelo Rio Grande do Sul (12,95%), São Paulo (11,27%), Minas Gerais (11,19%) e Goiás (10,02%). Esses são os cinco Estados que lideram as vendas dos produtos. Para atender a demanda do público com necessidades especiais, que não podem ir às aulas de natação, o fabricante lançou o elevador de piscina para cadeirantes à base de energia solar, que possui controles externos e fixos na cadeira, para que a mobilidade seja independente. Toda a renda arrecadada das vendas será destinada a projetos inclusivos. 

Localizada em Piracaia, a 80 km de São Paulo, a Planeta Acessível é a maior indústria fabricante de produtos para acessibilidade do Brasil. Entre os produtos mais fabricados para construção civil, órgãos públicos e residências estão: barra de apoio, piso tátil, placas de sinalização em braile e, agora, a Planeta Acessível começa a produzir o elevador de piscina. A empresa apoia eventos e grandes feiras como Equipotel e Feicon, além de abraçar causas de inclusivas de responsabilidade social. A fábrica possui 70 funcionários prevê uma receita anual de R$ 22 milhões a partir de 2021.

Website: https://www.planetaacessivel.com.br/

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