A aprovação unânime no Senado é uma vitória sem precedentes na luta pela regulamentação da ozonioterapia no Brasil. A batalha que começou a ser travada há onze anos pela ABOZ - Associação Brasileira de Ozonioterapia - está se aproximando de um final feliz não só para os médicos que defendem a técnica, mas, principalmente, para os pacientes que irão se beneficiar com o tratamento em todo o país.

"Esta aprovação representa um marco histórico para a saúde de todos nós, brasileiras e brasileiros. A regulamentação da Ozonioterapia e a futura disponibilização no SUS reduzirá o sofrimento e proporcionará maior qualidade de vida para as pessoas, além de uma importante economia de recursos financeiros para o SUS, que aumentará a capacidade de atendimento.", afirmou a Presidente da ABOZ, Dra. Maria Emília Gadelha Serra.

A senadora Marta Suplicy, que presidiu a sessão na CAS, agradeceu aos senadores pela sensibilidade na aprovação unânime. Ontem, durante a audiência pública que discutiu a ozonioterapia, o senador Edison Lobão, relator do projeto, chegou a se emocionar ao dar um testemunho sobre a eficácia do tratamento do qual é usuário após cirurgias nas cordas vocais.

"A experiência para mim obteve sucesso. Não voltei a ter a voz antiga, mas melhorei significativamente. Acredito neste tipo de tratamento porque sou beneficiário dele e estou pronto a ajudar a divulgar a técnica que hoje já se conhece", afirmou.

Outras pessoas que participaram da audiência falaram sobre o uso bem-sucedido da ozonioterapia em pacientes autistas e como forma complementar do tratamento convencional contra o câncer. A presidente da ABOZ garantiu que a implementação do procedimento pode ser feita em todos os níveis de atenção à saúde.

“A técnica exige apenas um profissional de saúde treinado, uma boa indicação médica. Mas a implementação é simples, segura e de baixo custo. A única contraindicação totalmente formal é a deficiência de uma enzima que deve ser dosada antes, é um exame que, ao que me consta, no SUS custa R$ 30” - explicou.

Todos esses testemunhos ajudaram os senadores a tomar a decisão de hoje. A PL 227/2017, de autoria do senador Valdir Raupp que permite a prescrição da ozonioterapia como tratamento complementar em todo o território nacional será encaminhada agora para a Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção presidencial.

“É um projeto que sem dúvida vai mudar a vida de muitas pessoas”, afirmou o senador Valdir Raupp.

Sobre a ABOZ

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Fundada em 2006, durante o primeiro congresso internacional de Ozonioterapia no Brasil em Belo Horizonte, a Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) trabalha para que a prática da Ozonioterapia no Brasil possa ser realizada de maneira legal, consciente, responsável e ética.

A Ozonioterapia é uma técnica que utiliza a mistura ozônio-oxigênio, ou ozônio medicinal, como agente terapêutico em um grande número de patologias. É uma terapia natural, com poucas contra-indicações e efeitos secundários mínimos, se realizada corretamente.

Utilizada há mais de 60 anos na Alemanha, atualmente a Ozonioterapia é reconhecida pelos Sistemas de Saúde de diversos países do mundo.

No Brasil a Ozonioterapia foi introduzida em 1975, e a partir da década 80 ganhou mais adeptos e atraiu o interesse de algumas universidades. De 2000 para cá, os estudos ganharam corpo e a técnica vem se difundindo amplamente no país.

Uma das prioridades da ABOZ é garantir informação e formação de qualidade relacionada à Ozonioterapia, devidamente embasada na experiência internacional e também nacional.

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