Vitimas de traumas oculares contam com avanço na oculoplástica e próteses oculares modernas

Segundo especialista a cirurgia devolve saúde e autoestima para pacientes que perderam a visão

A prótese ocular é uma forma de reabilitação funcional e estética da face e impacta diretamente na aceitação pessoal e social , destaca Dr. André Borba

Local: São Paulo

Data: 18/12/2018

Perder a visão é mudar o sentido da vida. Muitas pessoas entram em depressão e desacreditam que é possível ter de volta autoestima e retornar a sociedade sem medo. A visão é a janela para o mundo. E quando tudo parece estar perdido é onde a oculoplástica atua com o que há de mais avançado para o tratamento.

Qualquer pessoa que perdeu o olho por acidente ou alguma doença, pode ser tratada com o uso de próteses oculares. Cada vez mais procuradas, o procedimento devolve confiança, beleza e um cidadão para o meio social.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis. No Brasil, há mais de 1,2 milhão de cegos. 

As principais causas que levam a cegueira e a perda do olho são: as infecções congênitas, catarata, a retinopatia da prematuridade, glaucoma e tumores oculares. Além das doenças, a perda visual pode acontecer em casos de acidentes de trânsito, armas de fogo e até em atividades esportivas, destaca o médico oculoplástico, membro da Comissão Científica do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Dr. André Borba. 

Nestes casos, o processo inicia-se com a cirurgia mais adequada para cada caso, e com o objetivo principal de tratar os olhos cegos inestéticos e dolorosos. As cirurgias mais comuns são: a evisceração; remoção do conteúdo ocular com preservação das camadas externas do olho ou enucleação; que é a remoção do globo ocular, geralmente nos casos tumorais.

Em ambas situações, durante a cirurgia, coloca-se um implante esférico, o qual devolverá o volume perdido. “Essa cirurgia é muito importante para restabelecer estética a cavidade orbital, esse processo é praticamente uma reconstrução feita para deixar a área preparada para uma futura prótese ocular”, destaca o especialista.

Há ainda casos em que procedimentos menos invasivos podem ser realizados para diminuir a sensibilidade ocular, facilitando a adaptação da prótese sobre o próprio olho atrófico.

Para que o paciente volte a levar uma vida normal, após a cirurgia, a arte e tecnologia unem-se como alternativa para mudar a realidade de quem vive esse drama, a prótese ocular ou lente escleral pintada é confeccionada individualmente.

Atualmente, é possível contar com próteses que imitam com perfeição a íris humana, desde as cores, até detalhes das características do outro olho. “A prótese ocular é uma forma de reabilitação funcional e estética da face e impacta diretamente na aceitação pessoal e social do paciente, e não está longe do alcance do cidadão”, pontua o oculoplástico que é destaque na área de atuação, Dr. André Borba.