As verdades sobre o consumo de aspartame, segundo Jaime Garcia Dias

O aspartame é um adoçante artificial utilizado para substituir o açúcar, principalmente em dietas. Porém, frequentemente o adoçante tem sido alvo de estudo de uma série de pesquisas.

Data: 14/08/2015

O aspartame é um adoçante artificial utilizado para substituir o açúcar, principalmente em dietas.

Segundo informações, 1g de aspartame adoça 180 vezes mais do que a mesma quantidade (1g) de açúcar, o que faz com que ele seja muito utilizado por pessoas que querem renovar seus hábitos alimentares em busca de saúde.

Porém, frequentemente o adoçante tem sido alvo de estudo de uma série de pesquisas. Recentemente, um estudo realizado afirmou que o aspartame causaria câncer. O boato tomou conta da internet e fez muitas pessoas repensarem sobre o consumo de refrigerantes como, por exemplo, a Pepsi Diet, que utiliza o adoçante em sua composição.

Contudo, Jaime Garcia Dias aponta que este é apenas um dos diversos estudos feitos sobre o adoçante. Há quem comprove e há quem desmistifique essa afirmação de que o aspartame causa câncer, por isso é difícil se posicionar frente às opiniões divergentes, complementa Jaime Garcia Dias.

A Pepsico, por exemplo, divulgou que teria lançado o novo refrigerante Pepsi Diet sem aspartame. Mas, segundo informações, a decisão não está relacionada a comprovações sobre possíveis efeitos prejudiciais do adoçante, e sim à necessidade de promover a venda do produto utilizando-se do marketing, já que, depois da notícia, as vendas do produto diminuíram no mercado.

O limite máximo de consumo do refrigerante diet é de 20 latas por dia, conforme estabelece a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA). E essa quantidade representa, segundo a Sociedade Americana do Câncer, cerca de 1% do nível do estudo feito com ratos de laboratório que gerou toda a polêmica, noticia Jaime Garcia Dias.

No final de 2013 foram publicados estudos realizados sobre o adoçante, que foram conduzidos pela EFSA (European Food Safety Authority, Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos, em português). Neles, especialistas examinaram os efeitos do aspartame em humanos e animais e concluíram que o adoçante não causa câncer, quando consumido em sua dose diária máxima recomendada de 40 miligramas por quilo de peso, destaca Jaime Garcia Dias.

Diversas organizações que tratam da saúde e alimentação afirmam que o consumo de aspartame é seguro. Portanto, o que se pode observar é que não há evidências claras dos malefícios do aspartame para os seres humanos, aponta Jaime Garcia Dias.

Portanto, é importante que os consumidores sejam críticos ao avaliar notícias como estas e buscar mais fontes de informações para tirarem suas conclusões. Também é necessário indagar teorias e estudos que se contradizem ou que não tem consenso científico. É preciso ficar atento a estudos e experimentos de curto prazo, que podem gerar tumultos sem ter validade científica, pois a maioria dos estudos demanda um grande período de tempo para alcançar resultados verossímeis.

O que se sabe é que, para sustentar hábitos saudáveis e fugir da junk food (comida lixo, expressão utilizada para designar comidas com elevada quantidade de calorias e baixo nível de nutrientes), os refrigerantes podem não ser uma boa escolha. Portanto, opte por produtos que não tenham cores e sabores artificiais como frutas e vegetais, orienta Marie Nestle, professora de nutrição da Universidade de Nova York.