Novos modelos residenciais apostam em planejamento e espaços multifuncionais

Rio de Janeiro, RJ 12/11/2020 – “Nós acreditamos que as pessoas vão continuar preferindo morar em locais mais próximos aos seus trabalhos do que em imóveis maiores”

Como serão os espaços residenciais nos próximos anos, depois de todos os acontecimentos que impactaram a sociedade mundial em 2020? Durante este período marcado pela restrição de aglomerações, é importante que as pessoas tenham acesso a uma gama de serviços perto de casa, o que leva a uma preferência por imóveis em bairros com boa infraestrutura, onde seja possível fazer as atividades a pé ou com a menor locomoção possível.

O mundo vive em constante evolução. Desde a revolução tecnológica, as mudanças
estão cada vez mais rápidas, pois a possibilidade de inovação nas diversas áreas do
conhecimento acompanha este ritmo. Entretanto, em 2020, a pandemia de coronavírus
obrigou a sociedade a desacelerar. A Covid-19 impôs novos de códigos de conduta
social, como a quarentena, o distanciamento físico entre as pessoas e o aumento dos
cuidados sanitários. Entretanto, esta pausa também proporcionou que pessoas e
empresas pudessem pensar fora da caixa, criando soluções para problemas que até então
não existiam e se adaptando ao “novo normal”.
No mercado imobiliário, inicialmente, cogitou-se que a imediata adoção do home office
aumentaria a procura por imóveis maiores ou mais afastados dos centros urbanos, como
casas de praia ou de campo, dado que o trabalho seria remoto. Mesmo com o fato do
retorno aos escritórios já ser uma realidade (ainda que parcial ou em sistema de rodízio),
o setor imobiliário foi afetado de outras formas pela transformação dos cenários
urbanos.
Segundo Rodolfo Florentino, arquiteto e CEO da Advestor – Real Estate Solutions, não é
necessária a aquisição de um imóvel maior para se ter um espaço adequado de home
office. “A necessidade de ter um local de trabalho em casa é uma realidade. As pessoas
vão optar por home office, flex office, ou alguma estrutura desse tipo, mas sem
precisarem de um cômodo exclusivo para trabalhar ou estudar. Este espaço pode ser
versátil e ter mais de um uso”, declarou.
Neste contexto, outro ponto a ser considerado é a localização do imóvel. A mobilidade
urbana foi impactada com a quarentena e as medidas de distanciamento social, além do
lockdown em alguns países. No Rio de Janeiro, por exemplo, as concessionárias de
transportes públicos ameaçaram paralisar os serviços devido ao déficit financeiro gerado
pela redução do número de passageiros.
Durante este período marcado pela restrição de aglomerações, é ainda mais importante
que as pessoas tenham acesso a uma gama de serviços perto de casa, tornando mais
atraentes os imóveis em bairros com boa infraestrutura, onde seja possível fazer estas
atividades a pé ou com a menor locomoção possível.
O arquiteto enfatiza que o alto custo para comprar um apartamento maior também
influencia a decisão dos consumidores. “Nós acreditamos que as pessoas vão continuar
preferindo morar em locais mais próximos aos seus trabalhos do que em imóveis
maiores, porque o metro quadrado desses espaços é mais caro”, afirmou.
Desta forma, a micromobilidade – uma nova forma de organizar os deslocamentos
cotidianos – está novamente em evidência. Antes da pandemia, a Política Nacional de
Mobilidade Urbana previu a necessidade de a infraestrutura urbana incluir esta
modalidade de transporte. Cada vez mais, o planejamento urbano deixa de ser voltado
apenas para os carros, passando a evidenciar a presença de bicicletas, patinetes e outros
veículos leves nas ruas. A micromobilidade é parte da solução para uma mobilidade
urbana sustentável. Juntamente com a walkability (termo utilizado para definir a
acessibilidade de um local para quem anda a pé), a micromobilidade é um dos fatores
considerados ao se adquirir um imóvel.

Dada a impossibilidade de todos os consumidores conseguirem morar em apartamentos
maiores, seja pela questão financeira ou pela escassez do mercado, a saída é apostar em
imóveis menores, porém funcionais; perto do trabalho; com acesso ao transporte
público e sem precisar fazer um investimento robusto.
“Por mais que você queira uma casa grande, com muitos cômodos, o que vai pesar na
tomada de decisão é a parte econômica. Aqui na Advestor a gente acredita que o ponto
de partida não é o tamanho da residência, mas sim a localização. As pessoas preferem
estar bem posicionadas na cidade. A saída é morar em um imóvel pequeno, mas que
tenha espaços planejados”, destaca Florentino.
Um exemplo desta tendência de mercado foi o lançamento da Vitacon em abril.
Conhecida por seus microapartamentos de 10m², a construtora vendeu 50% das
unidades do empreendimento em pouco mais de um mês. Rodolfo cita o projeto de um
apartamento de 25m² adaptado por sua empresa. “Este imóvel tem um espaço mínimo.
A Advestor pensa em como as pessoas vão viver neste espaço. Você não consegue
morar em 25m², a menos que o apartamento tenho sido projetado para isso. Nós
remodelamos as áreas do imóvel, incluímos uma mini lavandeira com janela e uma
mesa multifuncional. Agora cabe perfeitamente uma cama de casal com mesa de
cabeceira, um armário e um sofá de dois lugares, além da cozinha completa”, relatou.
Um estudo recente da ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras
Imobiliárias) mostrou que o tamanho das famílias está diminuindo, dado corroborado
pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Em média, a família
brasileira atual é composta por 1,7 pessoas. Naturalmente, essa transformação do perfil
demográfico levará a residências de formatos mais compactos. “Menos metros
quadrados, mais barato e mais acessível à população”, finalizou Rodolfo.

Website: http://www.advestor.com.br

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