Pesquisa revela como a pandemia da COVID-19 impacta as empresas das maiores favelas do país

7/8/2020 – Vimos a necessidade de compreender as consequências do cenário atual para os empreendedores das periferias e como eles tem reagido à crise

Outdoor Social Inteligência® realiza pesquisa na periferia e mostra que, apesar de 71% dos negócios terem fechado as portas, 89% não demitiram seus funcionários

A pandemia da COVID-19 despertou uma série de preocupações e inseguranças em todo o mundo. No Brasil, assuntos como a desigualdade social e as consequências do cenário para as classes mais baixas vieram à tona, junto a uma série de questionamentos como: os moradores das favelas do país vão ser mais afetados? Os abalos financeiros serão mais drásticos para essa parcela da população? Como os pequenos negócios vão sobreviver neste contexto?

Para entender os impactos reais da crise nas favelas do país, o Outdoor Social® – negócio que atua no mercado brasileiro de publicidade instalando painéis publicitários para a comunicação nas periferias e no desenvolvimento de pesquisas de opinião e consumo com este público – realizou uma pesquisa com empresários do G10 – Ampliado, grupo formado pelas maiores comunidades do país, entre elas Rocinha, Complexo do Alemão, Paraisópolis e Heliópolis. “Vimos a necessidade de compreender as consequências do cenário atual para os empreendedores das periferias e como eles tem reagido à crise”, explica Emília Rabello, fundadora do Outdoor Social®.

Perfil dos negócios

De acordo com o estudo, 53% negócios das comunidades pesquisadas são geridos por empreendedores. Dentre eles, mais da metade pertencem a pessoas da geração X, representada pela faixa etária que vai dos 36 aos 55 anos. A geração Y (20 a 35 anos) fica em segundo lugar (38%) e os Baby Boomers, com mais de 56 anos, são minoria (11%).

A maioria dos empreendimentos pesquisados (78%) já é consolidada no mercado da região e têm mais de cinco anos de atuação. Há destaque para negócios ligados a alimentação, que representam 37% do total. A venda online já é utilizada por quase metade deles (49%).

COVID-19 e os impactos nas empresas do G10

Por conta do isolamento social, iniciado no mês de março no Brasil, 71% dos negócios tiveram que fechar as portas por um período, porém, até o mês de junho, 61% desta parcela já havia retomado as atividades. 98% passaram a ter mais cuidado na hora de vender e receber os pagamentos e 87% notaram medo de contaminação pelo vírus nos seus clientes.

Apesar do fechamento, 89% deles mantiveram seus funcionários. Nas empresas que precisaram fazer cortes na equipe, a média de demissão foi de 2,6 pessoas.

Quando questionados sobre o prejuízo, 88% dos entrevistados afirmam que tiveram seus lucros diminuídos; 71% deles perderam pelo menos metade do faturamento, se comparado ao período anterior à pandemia.

Outra questão abordada foi a entrega de mercadorias por fornecedores, que tem sido uma dificuldade para grande parte dos entrevistados. Ainda assim, 86% mantiveram os preços dos produtos e serviços oferecidos aos clientes.

Empresas G10 e soluções

Mesmo com a diminuição nos lucros e a dificuldade em receber mercadorias, a maior parte dos participantes (74%) não aceitaria pegar um empréstimo. Dos que aceitariam a proposta, 52% utilizaria a renda extra para repor os estoques de sua empresa, 22% para quitar folhas de pagamento e rescisões e 26% para fins pessoais.

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