PNQS 2019: presidentes de empresas de saneamento defendem gestão de eficiência como foco do PL 3261

São Paulo 3/12/2019 –

O último painel do Seminário Benchmarking do PNQS 2019 foi realizado nesta sexta, 29 de novembro, pelos presidentes e diretores das empresas que atuam no setor de saneamento no Brasil e conduzido pelo presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES, Roberval Tavares de Souza. Iguá, Embasa, Corsan, Sabesp, Deso, Saneago e Grupo Águas do Brasil fizeram um panorama da área, apresentando os rumos do saneamento no país com foco nas alterações no Novo Marco Legal (o PL 3261), que está sendo discutido em Brasília. Veja aqui o posicionamento da ABES sobre o PL do Saneamento.

O CEO da Iguá, Gustavo Guimarães iniciou o debate, falando da necessidade de ações efetivas para a melhoria do setor. “Temos que sair das discussões porque enquanto ficarmos só no gerúndio, não vamos evoluir”, afirmou Guimarães. Para Rogério Cedraz, presidente da Embasa, o Marco Regulatório precisa de revisão e melhorias. “E não podemos perder a oportunidade de evoluir, tendo como objetivo não só a questão das empresas públicas ou privadas, mas sim levar o saneamento para todo o país”.

Julio Hofer, que representou o presidente da Corsan, Roberto Barbuti, concordou com os dirigentes anteriores, acrescentando a necessidade da mudança de paradigma. “Os modelos estão aí, mas a questão urgente não é a escolha entre eles e sim saber se somos ou não eficientes”, avaliou. Já

Paulo Massato, Diretor Metropolitano da Sabesp, disse que o PL já é uma realidade, por isso o setor deve encontrar um ponto de equilíbrio já que o Brasil é tão plural. “Os excluídos do saneamento estão concentrados nas grandes regiões metropolitanas. O desafio é incluir essas pessoas dentro da sociedade atual, fazendo com que eles possam aderir ao sistema, dentro de suas possibilidades, para ter saúde e qualidade de vida”.
O presidente da Deso, Carlos Mello Neto, demonstrou preocupação com o texto aprovado no PL 3261. “Não podemos desestruturar as companhias estaduais de saneamento porque elas ainda possuem papel importante na universalização do setor e podemos construir um Brasil melhor unindo esforços tanto na esfera pública, quanto na esfera privada”, afirmou Mello.

Para a Saneago, com a proposta aprovada, haverá prejuízos para alguns estados brasileiros, a exemplo de Goiás. “As empresas privadas terão interesse em municípios menores?”, questionou Ricardo Correia, Diretor de Expansão, que representou o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski. Segundo Correia, a participação de empresas privadas no saneamento é fundamental, mas é preciso uma mediação e adequação prévias para delimitar atuações e abrangências.

Representando o presidente da Águas do Brasil, Claudio Abduche, o Diretor Corporativo Thiago Contage, abordou o viés do cliente dentro do PL. “As discussões devem proporcionar uma discussão adequada e clara de quais são as regras que vão atrair investimentos para atender ao público. A eficiência deve se traduzir em respostas rápidas para a sociedade brasileira”.

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