Por qual razão os mercados em 2020 poderão ser muito diferentes dos de 2019?

São Paulo, SP 25/11/2019 – O triunfo de uma década de Wall Street sobre a economia real (Main Street) no mundo desenvolvido começou a gerar uma rebelião social e política significativa

Após a recuperação do primeiro trimestre, os mercados acionistas foram prejudicados desde o final de abril por um cenário macroeconômico em deterioração, agravado pela guerra comercial sino-americana. Este quadro resultou em um desempenho dos setores defensivos e de crescimento significativamente superior aos setores cíclicos. Além disso, outro resultado é uma queda contínua no rendimento de títulos, que registrou seu pico em agosto. Desde então, a perspectiva de um acordo comercial, ainda que parcial, e o regresso do apoio dos bancos centrais permitiram que os mercados acionistas superassem barreiras que antes impediam sua evolução. Como tal, a liderança do setor reverteu, tendo os setores de valor e cíclicos superado o desempenho dos setores de crescimento, e os rendimentos iniciaram a recuperação. No último ano, a procura latente de ativos de baixa duração tem sido provavelmente suficiente para a manutenção deste padrão até o final do ano.

Para além deste horizonte, existem duas questões que podem atrapalhar esta inflexão incipiente.

A primeira pode parecer técnica, mas assume uma importância estratégica: o aperto da política monetária (quantitative tightening) da Fed, que teve início em 2018 e só terminou em setembro passado, foi um erro substancial que terá inúmeras consequências. O sistema financeiro dos EUA enfrenta, atualmente, um problema de liquidez de dólares para o qual a Fed ainda não encontrou uma solução duradoura, o que coloca em risco uma infinidade de pequenos players financeiros norte-americanos altamente alavancados. Além disso, também impede a depreciação do dólar face ao seu nível sobrevalorizado. As operações mensais de injeção de 60 bilhões dólares, decididas no mês passado pela Fed, claramente não são suficientes para resolver o problema. Será necessário fazer mais, e mais rápido, a fim de evitar um acidente de liquidez.

A segunda questão está relacionada com o panorama político norte-americano: o triunfo de uma década de Wall Street sobre a economia real (Main Street) no mundo desenvolvido começou a gerar uma rebelião social e política significativa, o que pode impulsionar a candidatura de Elisabeth Warren para as eleições presidenciais nos EUA. O seu programa está abertamente focado no aumento dos impostos e na política reguladora, com vista a acabar com os resultados líquidos das empresas em benefício dos trabalhadores. É certo que uma agenda tão radical será provavelmente diluída se, e quando, Warren passar pelas eleições primárias dos democratas. Contudo, tal agenda seguramente não seria bem vista pelos mercados de ações e provavelmente enfraqueceria ainda mais as perspectivas para o dólar. Quanto aos mercados de renda fixa, estes ficariam divididos entre a corrida pela segurança e as necessidades de financiamento de um programa pesado em termos de infraestruturas e gastos sociais.

Dada a interligação dos mercados globais, os investidores deverão provavelmente considerar avançar com mais prudência em 2020 do que agora no final de 2019.

Sobre a Carmignac

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