Prejuízo do comércio com Covid-19 já supera R$ 25 bilhões e dados podem ser salvação

31/3/2020 –

O comércio brasileiro amarga perdas da ordem de R$ 25,3 bilhões, geradas pelas alterações de rotina e fechamento de lojas trazidos pelo isolamento social decorrente da pandemia do novo Coronavírus.

O número, apurado pela Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é alto, e representa somente as principais praças – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal, que têm fatia de 52% do faturamento anual do comércio no país.

Em todas as regiões do Brasil, a perspectiva é de que perdas geradas pelos impactos do Coronavírus cheguem a R$ 100 bilhões ao longo de 2020, conforme dados da consultoria HSM.

“Em momentos como este, é preciso pensar em maneiras de fazer cada vez mais, com cada vez menos necessidade de investimento”, afirma Douglas Scheibler, CEO da BIMachine. “O momento é de não esperar as más notícias cessarem, ou a circulação de pessoas, mercadorias e demais voltar ao normal, mas sim de fazer por si, pôr em prática ações estratégias e movimentar as pás da economia – antes que esta engrenagem trave”, complementa.

Ainda segundo o especialista, empresas que quiserem crescer em meio à crise terão de fazer por si, mas há aliados com quem contar- um deles, a tecnologia.

“Principalmente no que tange à gestão. Softwares de gestão ajudam a organizar informações, centralizar e melhorar controles e automatizar processos, viabilizando uma operação mais enxuta, funcional e competitiva”, afirma Scheibler.

Para o executivo, os chamados ERPs são sistemas que diminuem significativamente custos operacionais, já que assumem tarefas antes realizadas manualmente, eliminando o potencial de erro humano e ampliando as possibilidades de aplicação da força de trabalho aos objetivos estratégicos.

Neste cenário, é interessante aliar a tais soluções a camada de inteligência de negócios – BI (Business Intelligence) -, importante para alavancar os resultados obtidos a partir do universo de dados que a empresa já agregue, bem como dos novos conteúdos que venha a adquirir.

Como, exatamente?
Planilhas, tabelas, anotações, cadastros, pesquisas, entrevistas, dados soltos em sistemas diversos, call centers, CRMs… Todas estas frentes e outras mais são fundamentais para a captação de informações vitais sobre os clientes, fornecedores, funcionários e parceiros de uma empresa.

Porém, obtê-las é só a parte inicial do trabalho. O supra sumo está na administração dos dados, que pode ser feita de forma manual, destacando-se recursos humanos para funções de inserção, análise, distribuição das informações, ou de forma automatizada, via software.

Manual x automático
Qual a diferença entre as duas formas? Scheibler explica que, na primeira opção, haverá o fator humano, passível de erro e de retrabalho, a limitação de capacidade produtiva em função de carga horária, capacidade física, legislação trabalhista, entre outros fatores.

Já na segunda, haverá a realização de tarefas parametrizadas em um sistema inteligente e automático, capaz de fazer exatamente o que foi programado para fazer sem se cansar, sem se confundir, sem errar, trabalhando ininterruptamente sem gerar qualquer encargo de ordem administrativa, financeira ou trabalhista.

“Desta forma, automatizar os processos relativos à gestão da informação e das ações de negócio parece um bom caminho para reduzir custos, melhorar a distribuição de equipes e otimizar o alcance de objetivos estratégicos com o mínimo investimento necessário”, comenta o CEO.

Na análise do especialista, aumentar a produtividade é uma questão diretamente atrelada ao aparato tecnológico, ainda mais em momentos de crise, como o atual. “Se há gargalos de gestão, esta é a hora de supri-los. Inteligência de negócios é vital para atravessar a conturbada fase do mercado, tanto no cenário nacional, quanto global”, finaliza o executivo.

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