Principais características dos tipos de diabetes

Rio de Janeiro, RJ. 6/11/2019 – O diabetes tipo 1 não tem cura, então é preciso fazer reposição diária de insulina para atingir a quantidade do hormônio para o bom funcionamento do organismo

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou o diabetes como uma das doenças mais perigosas da atualidade. Além do número crescente de diabéticos adultos no mundo, com cerca de 13 milhões apenas no Brasil, as crianças estão cada vez mais suscetíveis à doença, o que se deve, principalmente, à grande oferta de alimentos açucarados, com muito sódio e carboidratos. Mas, afinal, o que é o diabetes?

Segundo a dra. Luciana El-Kadre, coordenadora do Centro de Diabetes e Obesidade do Hospital São Lucas Copacabana, essa doença se apresenta em duas formas: o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 tem caráter autoimune e influencia os níveis de insulina no organismo, fazendo com que o pâncreas produza pouca ou nenhuma quantidade desse hormônio. Trata-se da forma mais rara da doença e atinge cerca de 10% dos pacientes, principalmente crianças e adolescentes.

“Como o diabetes tipo 1 não tem cura, esses pacientes precisam fazer reposição diária de insulina para atingir a quantidade necessária do hormônio para o bom funcionamento do organismo. Além disso, eles também devem cuidar da alimentação e se manter ativos com a ajuda de exercícios físicos constantes”, explica a médica.

O diabetes tipo 2, por outro lado, é mais frequente entre os adultos com mais de 30 anos, mas também pode surgir em crianças e adolescentes. O Índice de Massa Corporal (IMC) médio do diabético é de 30 kg/m² e existe, em geral, componente genético. Agora o organismo do paciente é que não consegue processar de forma correta a insulina produzida pelo pâncreas, tornando-se resistente ao hormônio. Para controlar a doença é necessária uma mudança radical no estilo de vida, por meio de uma alimentação saudável, da prática constante de exercícios físicos, remédios específicos e acompanhamento médico.

“Quando essas medidas não são suficientes para melhorar a saúde do paciente, a cirurgia metabólica pode ser indicada. Porém, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que o paciente tenha no mínimo 30 e no máximo 70 anos, além de ter sido diagnosticado com diabetes tipo 2 há menos de dez anos para ser candidato a essa cirurgia”, afirma a dra. Luciana.

Em geral, a doença é silenciosa e pode haver perda de peso sem motivo aparente. Quanto mais cedo ela for diagnosticada, mais rápido o paciente pode começar o tratamento e melhorar sua qualidade de vida. Segundo a dra. Luciana, para ser considerada diabética, a pessoa deve ter o nível de glicose superior a 126 mg/dL em jejum e o exame deve ser sempre repetido.

A melhor forma de prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 2 é prestar muita atenção ao estilo de vida. Alimentos com muito açúcar e carboidratos, como fast-foods e biscoitos recheados, devem ser evitados ao máximo e dar lugar aos produtos naturais, como frutas, legumes e verduras. Como o sedentarismo é um fator de risco para a doença, é importante praticar atividades físicas, no mínimo, três vezes por semana.

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