Problemas na voz afastam empregados da estação de trabalho

Brasília, DF. 15/5/2013 – O sistema respiratório tem fundamental importância na produção da voz, pois o ar vindo dos pulmões faz com que a mucosa que reveste a prega vocal vibre, gerando o som que será moldado na fala através da articulação

A falta de comunicação pode travar o crescimento, desempenho e produtividade do funcionário. Hábitos vocais inadequados como pigarrear; falar por longos períodos sem descanso, e o uso profissional da voz durante um resfriado ou alergia respiratória são os responsáveis pelas desordens vocais. Alguns fatores psicológicos como ansiedade, estresse e tensão também influenciam diretamente o distúrbio.

Segundo Renata Monteiro Teixeira, Fonoaudióloga do Trabalho da clínica Multi Life, o mau funcionamento da laringe provoca desajustes na musculatura envolvida na produção vocal, gerando tensões musculares que favorecem o surgimento de fendas (isto é, alterações posturais das pregas vocais). “O sistema respiratório tem fundamental importância na produção da voz, pois o ar vindo dos pulmões faz com que a mucosa que reveste a prega vocal vibre, gerando o som que será moldado na fala através da articulação’’, esclarece a especialista em Fonoaudiologia do Trabalho.

Afonias (ausência de voz); rouquidão persistente, dor e tensão da musculatura cervical estão entre as principais causas de afastamento do trabalho. Grande parte dos indivíduos excede no volume da fala mesmo com o diagnóstico de rouquidão severa. Geralmente, eles não têm noção da higiene vocal tampouco de como manter a voz saudável.

“Atendo em média 16 sessões, com duração de 30 minutos, uma vez por semana. Após esse período, o paciente retorna ao otorrinolaringologista, sendo submetido a um novo exame otorrinolaringológico. Hoje, com as mudanças bruscas de temperatura, níveis elevados de estresse diário, aumento do número de alterações alérgicas como as rinites e sinusites, e os sinais indicativos de refluxo gastroesofágico, o tempo de terapia tem aumentado progressivamente”, compartilha Renata.

Desta forma as Normas Regulamentadoras – NRs têm ajudado a promover os programas de saúde do trabalhador, apontando fatores de risco, além de favorecer a organização das políticas de prevenção. Para Renata, isso contribui com o trabalho do fonoaudiólogo na conscientização da saúde vocal e auditiva do empregado.

Outra curiosidade que preocupa os especialistas são os problemas digestivos – dores, acidez, e refluxo gastroesofágico – que também afetam a voz. Segundo a fonoaudióloga, “essas alterações geram problemas na movimentação do diafragma, impedindo a respiração correta (castodiafragmatica-abdominal), assim como a formação de secreções que provocam os pigarros’’.

Fonoaudiologia do Trabalho – Esta especialidade, em seu trabalho mais específico, no processo de comunicação dentro de uma empresa, irá atuar na promoção, prevenção e desenvolvimento de programas voltados para a saúde auditiva e vocal dos trabalhadores em razão da comunicação eficaz no ambiente empresarial, de forma a melhorar as relações interpessoais, visto que nas alterações que englobem alteração da qualidade vocal, por exemplo, isso poderia acarretar impossibilidade de exercer a profissão, nos profissionais que necessitam do uso da voz em seu ambiente de trabalho.

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