Proteção dos habitats e dos recursos naturais garantirá a sobrevivência das próximas gerações

São Paulo – SP 29/4/2020 – A mudança na rotina dos paulistas reduziu a quantidade de veículos circulando na cidade e consequentemente a diminuição do monóxido de carbono.

Desde o início de março, quando o novo coronavírus começou a ganhar força no país, o isolamento social para controlar o avanço desta pandemia vem ajudando a reduzir a emissão de poluentes como CO e NOx nas grandes cidades, segundo dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “A mudança na rotina dos paulistas reduziu a quantidade de veículos circulando na cidade e consequentemente a diminuição do monóxido de carbono, indicador da emissão de poluentes em grandes centros urbanos”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Por outro lado, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), estima um crescimento de 15% a 25% na quantidade resíduos sólidos domiciliares durante este período. Para evitar o aumento de CO2 nesta fase é preciso utilizar o tempo dentro de casa para implantar a coleta seletiva na rotina familiar, separando os recicláveis corretamente.

Quando o material é separado corretamente por tipo (vidro com vidro, lata com lata, PET com PET), as pessoas envolvidas na logística do material não precisam entrar em contato direto com a embalagem. Os sacos são coletados e levados até centrais de armazenamento onde as embalagens podem ser transportadas, diretamente, para containers exclusivos para cada tipo de material. O prazo para encher estes containers e enviá-los para usinas de reciclagem é maior que os cinco dias que material precisa para estar isolado e, assim, livre do risco de contaminação.

A Abrelpe orienta o descarte de luvas e máscaras no lixo comum e com um revestimento extra, podem ser colocadas em mais de um saco plástico. Pessoas com Covid-19 ou suspeitas de estarem com o vírus não devem realizar a separação do lixo para evitar contaminação. “O descarte desses itens de proteção junto aos materiais recicláveis coloca em risco os coletores e outros profissionais que trabalham nessa atividade”, salienta Vininha F. Carvalho.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia, a forma mais eficaz de higienizar as mãos é com o uso de água e sabão, por 20 a 30 segundos, esfregando bem os dedos, as palmas, o dorso, os pulsos, as unhas e entre os dedos.

O problema, segundo especialistas, é a forma como as pessoas estão fazendo isso. “Nos vídeos tutoriais, geralmente a pessoa acaba ensaboando as mãos, demoradamente, com a torneira aberta, o que pode ser prejudicial não apenas ao meio ambiente, mas também trazer sérias consequências no fornecimento de água”, alerta o coordenador do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo, Prof. Maurício Dziedzic.

Segundo ele, atitudes como essa podem fazer com que pessoas fiquem sem água justamente durante esse período de pandemia. “Temos um período muito seco, se comparado ao mesmo período de outros anos, e claro, o coronavírus. Se todos deixarem a torneira aberta enquanto ensaboam as mãos por 20 segundos, teremos um grande desperdício de água”, ressalta.

Ao lavar as mãos, o professor orienta a abrir a torneira com a menor vazão possível que permita limpar as mãos adequadamente. Além disso, enquanto ensaboar as mãos, fechar a torneira, abrindo novamente para enxaguar. “O gasto de água pode variar com o grau de abertura da torneira, e com a pressão na rede hidráulica. Em casos extremos, de pressão forte e torneira totalmente aberta, pode passar dos dez litros por minuto”, esclarece.

Hoje, mais do que nunca, as pessoas precisam investir na qualidade de vida. É o momento de valorizar a saúde física e mental. A experiência de viver em isolamento social, trabalhar e estudar em casa, com ajuda do universo online, fez com que as pessoas passassem a ter nova relação com o meio ambiente, percebendo o quanto ele necessita ser preservado e respeitado para evitar que novos vírus surjam em decorrência da falta de proteção dos habitats, recursos naturais e da vida selvagem.

“É importante reduzir os impactos que a atividade humana exerce sobre a natureza, como revela o aprendizado através desta pandemia. Deverão surgir a partir desta experiência assustadora, novos modelos de produtividade e uma nova maneira de gerir negócios e vidas”, conclui Vininha F. Carvalho.

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