Quais tecidos são mais utilizados na confecção de lingeries?

Nova Friburgo – Rj 25/11/2019 – “Todo ano, o setor de moda íntima fatura cerca de 30 bilhões de dólares pelo mundo.”

Todo ano, o setor de moda íntima fatura cerca de 30 bilhões de dólares pelo mundo. A afirmativa é do Sebrae, com base em uma pesquisa realizada em 2018.

E no Brasil não é diferente. A mesma pesquisa aponta que anualmente é produzido cerca de 1,5 bilhão de peças no país. No mesmo período, o resultado dessa produção é de aproximadamente R$ 3,6 bilhões de reais.

Os dados mostram o fortalecimento do mercado da moda íntima no Brasil e o aumento das expectativas em expandir o setor de forma contínua.

Além disso, como consequência dessa produção contínua, ocorre o aumento da procura por tecidos utilizados na produção de lingeries. Fábricas de algodão, elastano, renda, entre outros tipos, são impulsionada devido à demanda do setor têxtil de moda íntima.

Processos de Confecção

A confecção de lingeries é um processo longo, elaborado e que envolve o empenho de uma grande mão de obra. Para uma peça chegar ao resultado final, há o desenvolvimento de uma ideia, produção de moldes, montagem da peça utilizando tecidos e teste do produto.

 

Desenvolvimento de ideia

Um dos primeiros passos para a confecção da lingerie é o desenho da peça feito por um designer de moda, responsável por toda a coleção de uma empresa. Quando é feito o molde da peça, cada detalhe da lingerie é elaborado: posição da alça do sutiã, elástico da calcinha, desenho do bordado no sutiã, fechos, onde será feita a costura, entre outras sinalizações.

Depois de feito o molde, ele é enviado para a equipe de produção digital, que vai desenvolver o desenho do designer de moda em um software com as medidas de corte, locais para aplicação dos tecidos e tipos de fecho.

Uma peça simples, com poucos detalhes, pode chegar a ter até 18 páginas de relatório com todas as especificações do produto, de acordo com o portal Terra.

Hora de confeccionar

Esta etapa começa com os fornecedores, responsáveis pela compra dos tecidos, botões, fechos e todos os materiais com as cores específicas das peças. Após a escolha dos produtos, a equipe de confecção é quem prossegue com a produção, agora com a costura da peça.

Com base nos desenhos e relatórios, os costureiros começam a fabricação seguindo todas as coordenadas exigidas. Várias máquinas são necessárias para produzir: uma para corte, outra para costura com tecidos, implantação de laço, entre outros procedimentos.

Resultado da Lingerie

Depois de produzida, são feitas análises detalhadas da peça, seguindo as orientações dos desenhos e relatórios. Nessa etapa, o objetivo é verificar se o produto está de acordo com o desenho, observar possíveis costuras desalinhadas e outros detalhes que podem prejudicar o uso da peça, para correção imediata.

Esse momento é muito importante para saber se a peça está de acordo com as normas técnicas que visam garantir a qualidade do produto e a saúde do consumidor, segundo o Sebrae.

A norma também tem como intuito dar suporte nos seguintes aspectos:

  • escolha de tecidos;

  • modelagem;

  • rendas e aviamentos.

Principais tecidos utilizados na produção de lingeries

A escolha de quais os tecidos utilizados na produção de lingeries é essencial para garantir uma produção de qualidade e o conforto da consumidora.

O tecido vai depender do tipo de modelo, tamanho e até a finalidade do uso. Isso porque há tecido específicos para diferentes situações: sustentação de seios maiores; para uso diário ou apenas em um curto espaço de tempo; para consumidores com alergias, entre outras situações.

A escolha de tecidos também é fundamental para a saúde da mulher. Dependendo do material, o uso pode causar alergias ou certos incômodos. Por isso, conhecer o tipo e a qualidade do tecido é necessário, tanto para a indústria que está confeccionando, como para a mulher que vai usar a lingerie.

Os tipos de tecidos podem ser diversos, mas há cinco principais: algodão, elastano, cotton, renda e microfibra.

Algodão

Esse produto é uma das fibras naturais e dos mais usados. O mercado de moda íntima adota bastante o algodão por ser um tecido mais confortável para confecção de calcinhas e sutiãs, bem como contribuir para a saúde íntima da mulher. Isso porque o tecido absorve a umidade e facilita a respiração da pele. O algodão corresponde a 60% dos insumos têxteis no Brasil, o que prova ser favorito das empresas.

Elastano

É um filamento sintético derivado de petróleo e tem uma textura elástica e brilhante. O tecido também é conhecido como Spandex e é outro favorito da indústria de moda, por ter boa durabilidade. Apesar de muito utilizado, é mais indicado para sutiãs, pois pode abafar a região íntima e provocar determinadas alergias ao corpo.

Cotton

Já o cotton é composto por uma mistura de 92% de algodão e 8% de elastano. Esse tecido também é um dos principais no ramo de moda íntima, por ser confortável, macio e durável, ideal para a produção de lingerie.

Além disso, é um material que propicia a respiração da pele e absorve o suor com mais facilidade. Mesmo com elastano, por ter uma porcentagem muito pequena desse material, peças de cotton podem ser utilizadas diariamente com riscos menores de prejudicar a saúde íntima.

Renda

É um tecido composto por 100% algodão ou por uma combinação com viscose e poliéster. No mercado da moda íntima, é muito utilizado para peças mais elaboradas, estando entre as preferidas das consumidoras. O ponto negativo da renda é que pode causar alergia por não permitir que a pele respire, sendo recomendado usar por pouco tempo.

Microfibra

Por fim, esse tecido sintético é resultado de 80% de poliéster e 20% de poliamida. As fibras desse material podem ser duas vezes mais finas que as da seda, e três vezes mais finas em relação ao algodão. A textura da microfibra é macia, com boa durabilidade e secagem rápida. É um material ao qual a pele se adéqua bem, por permitir fácil transpiração, ideal para o dia a dia e para evitar possíveis alergias.

 

Tecidos ideais para a moda íntima

A escolha do tecido sempre vai depender do estilo da lingerie, do tipo de consumidora e do modelo desejado. É o que afirma Daniel Mozer Silva, cofundador da empresa de moda íntima Click Sophia. Segundo ele, o algodão e a microfibra são os mais selecionados atualmente para a produção de peças íntimas.

“Em questão de material, geralmente o mais usado no mercado e na nossa empresa é a microfibra e o algodão. O algodão é a matéria prima mais usada devido seu conforto, além de ser o mais indicado pelos médicos. Já com a microfibra, por outro lado, é possível uma gama de cores e estampas mais diferenciadas”, destacou Daniel.

A escolha do tecido para cada peça é fundamental, considerando o estilo da consumidora, tipo de corpo e ocasião a ser usado. Para ele, é necessário pensar no bem-estar da mulher e na qualidade do produto final ofertado.

“Tecidos mais rígidos são complicados de aplicar em lingerie, pois não são confortáveis e podem dificultar a produção. 

Por exemplo, um tecido de couro não é recomendado por ser muito inflexível, podendo incomodar a pele no uso. Nesses casos, para se ter um resultado do produto final próximo ao couro, assim como desejado pela cliente, há a possibilidade do manuseio da microfibra para que alcance um brilho no tecido se assemelhando ao couro e ainda sim, preservando o conforto”, ressaltou.

Website: https://www.clicksophia.com.br

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