RegTechs ganham força com trabalho remoto

Campinas – SP 17/4/2020 – A tomada de decisão fica muito mais ágil e segura. Todos os insumos de informação e verificação são dados automaticamente pela plataforma.

As indústrias mais beneficiadas são aquelas mais reguladas, como é o caso dos setores financeiro, registrais e de seguros.

A pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) trouxe à tona a necessidade de acelerar os processos digitais das empresas. De uma hora para outra, empresas tiveram que se adaptar ao trabalho remoto e manter a produtividade à distância. Desafio expressivos tanto para a parte humana, quanto operacional.

Diante desse panorama, a tecnologia foi chave para facilitar as interações e comunicações, e se tornou ainda mais importante diante de determinados processos que precisaram se tornar digitais para driblar os impactos do isolamento social. É aí que ganham força as empresas chamadas RegTechs.

Progressivamente, as companhias têm tido que lidar com uma extensa carga regulatória, seja para garantir conformidade com normas de compliance ou regulamentações governamentais, leis e procedimentos. Por essência, esses são trabalhos que demandam a estruturação de operações minuciosas, de verificação e análise de informação e consolidação de um banco de dados robusto. Daí, a oportunidade para as RegTechs, que tem chegado a diferentes mercados com soluções tecnológicas capazes de otimizar ou mesmo realizar parte desses processos, reduzindo custos e riscos a partir da eficiência e, principalmente, mitigando erros.

Mas afinal, o que são Regtechs?
O nome deriva do inglês, Regulatory Technology, que significa Tecnologia Regulatória. Na prática, são empresas especializadas em oferecer soluções para problemas de ordem regulatória e de governança corporativa, usando tecnologia para isso. As tecnologias mais adotadas para facilitar essa automação são: inteligência artificial, visão computacional e big data.

A NeuralMind, startup sediada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, é por definição uma RegTech. A partir do Tagger, uma tecnologia proprietária desenvolvida pela empresa, áreas como jurídica e compliance podem se beneficiar com automatização de muitos de seus processos.

A partir do CNPJ de um potencial fornecedor da empresa, o Tagger é capaz de consultar bases públicas e cruzar informações como certidões negativas da empresa, extraindo dados de documentos, classificando-os e dando a devolutiva para o departamento se aquela empresa está apta ou não para dar continuidade nas tratativas para contratação. Além de se aplicar à contratação de um fornecedor, validação e manutenção de contratos, sistema de CRM e faturamento são outros processos que podem ganhar com a implementação da tecnologia.

“É evidente que o volume de dados com que a empresa trabalha vai definir o nível de otimização e de aumento da produtividade dos colaboradores. O ganho é certo e será refletido na ponta. A tomada de decisão fica muito mais ágil e segura. Todos os insumos de informação e verificação são dados automaticamente pela plataforma. Não há necessidade de consulta ou mesmo tramitação de documentos físicos”, avalia a CEO da NeuralMind, Patricia Tavares.

As indústrias mais beneficiadas são aquelas mais reguladas, como é o caso dos setores  financeiro e registrais (cartórios). No entanto, é possível aplicar a tecnologia na indústria de bens de consumo, seguradoras, administradoras, empresas de auditoria, imobiliárias, entre outros.

Quantos processos podem ser revistos e otimizados nas empresas? 

Num ambiente em que o teletrabalho ganhou força, soluções das regtechs trazem ganhos que vão muito além do aumento de produtividade e agilidade no processo decisório.

Website: http://www.neuralmind.ai

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