SBPC/ML divulga posicionamento sobre a qualidade e efetividade dos novos exames laboratoriais para detecção do COVID-19

Rio de Janeiro, RJ 25/3/2020 –

Considerando-se a atual pandemia de COVID-19 o setor de laboratórios clínicos vem sofrendo forte pressão para fazer frente a demanda por testes diagnósticos.Há inclusive menção específica a testagem de todos os pacientes, independentemente de seu quadro clínico e até mesmo da presença de sintomas.

Tal demanda explosiva levou a escassez em escala mundial de reagentes.Com isto, existe o risco de termos no país os serviços de saúde abastecidos com reagentes de qualidade não condizente com a boa prática dos laboratórios clínicos. Ou seja, nem todo conjunto diagnóstico apresenta a qualidade desejada.

Lembramos que um teste diagnóstico antes de ter seu uso liberado é avaliado sob inúmeros aspectos, que começam com as boas práticas de fabricação, passando pelo crivo das agências regulatórias dos países onde são comercializados e culminando com a validação laboratorial (metodológica) e a validação clínica pelos laboratórios que executam os exames.

Tudo isso é feito para garantirmos a segurança do resultado do exame entregue e este dar suporte adequado ao médico em suas decisões no tratamento dos pacientes. Até o atual momento ressaltamos que a única metodologia de diagnóstico validada é a que usa a técnica de reação em cadeia da polimerase em tempo real.Este método fornece um diagnóstico conclusivo, ao contrário de outros métodos que ainda estão sendo avaliados quanto ao seu desempenho. Estes métodos também estão sendo avaliados quanto aos resultados quando realizados na fase aguda da doença.

Alertamos que todos nós, médicos, laboratórios e pacientes, devemos ter extremo cuidado com testes de procedência duvidosa, de fornecedores desconhecidos ou ainda que sejam realizados em condições onde não haja a garantia explícita da qualidade do resultado.

A SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial), a SBAC (Sociedade Brasileira de Análises Clínica), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e a SBM (Sociedade Brasileira de Microbiologia) têm se empenhado junto com a indústria diagnóstica, as autoridades sanitárias e os laboratórios clínicos para contribuir na avaliação e incorporação de novos métodos diagnósticos para enfrentarmos com sucesso este difícil período que passamos.

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