Seminário celebra os 60 anos de relações comerciais entre Brasil e Coreia

Brasília 4/9/2019 –

“A Coreia é fonte de inspiração permanente para o Brasil”, declarou o ministro das relações exteriores, Ernesto de Araújo, durante o encontro.

Chanceler Ernesto de Araújo participou do evento, que teve como pano de fundo o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a República da Coreia e celebra o exemplo do país como referência de educação e inovação

Os 60 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Coreia foram comemorados na última terça-feira (03), em Brasília, durante o seminário 60 Anos das Relações Brasil – República da Coreia: Educação, Inovação e nosso Futuro. Organizado pelo Itamaraty, em parceria com a Embaixada da Coreia e a Fundação Alexandre de Gusmão, o evento contou com a presença do Ministro das Relações Exteriores, Ernesto de Araújo, do Vice-ministro de Assuntos Econômicos do Ministério das Relações Exteriores da Coreia, Yun Kang Hyeon e do embaixador coreano no Brasil, Chan-Woo Kim, dentre outras autoridades.

“A Coreia é fonte de inspiração permanente para o Brasil”, declarou o ministro das relações exteriores, Ernesto de Araújo, durante o encontro. Entre os temas debatidos, destaque para as negociações de um iminente acordo de livre comércio entre os países do Mercosul e a Coreia. Após três rodadas de negociações, realizadas entre 2018 e 2019, a expectativa é de que o acordo seja finalizado em meados de 2020. De acordo com Ernesto de Araújo, as contínuas negociações já levaram a resultados animadores, como a sinalização de empresas coreanas com a clara intenção de investir no Brasil.

Com este compromisso firmado, são estabelecidas condições que ampliam a comercialização de bens, serviços, compras governamentais, propriedade intelectual, comércio eletrônico, investimentos, desenvolvimento sustentável e competição. O vice-ministro Kang Hyeon afirmou que a possibilidade de trocas de expertises para benefício mútuo entre as duas nações abre espaço para firmar grandes negócios – tanto na área comercial, quanto na industrial. Segundo ele, enquanto a Coreia se destaca por ser referência em tecnologia de semicondutores e na área de tecnologia de informação, o Brasil detém grandes avanços na agricultura, na aviação e na ciência espacial.

Estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que o acordo deverá injetar cerca de US$ 12,5 bilhões na balança comercial em exportações para o agronegócio brasileiro. A Coreia é o 13º destino das exportações brasileiras e o quinto principal país de origem das importações. As exportações brasileiras para a Coreia são compostas principalmente de produtos básicos, como minérios, milho, soja e algodão. Já o Brasil, importa principalmente produtos manufaturados como máquinas, automóveis, plásticos, veículos para vias férreas, produtos farmacêuticos e instrumentos de precisão.

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