SINDHOSP lamenta veto de Dilma à desoneração da folha de pagamento dos hospitais

São Paulo 3/4/2013 – É lamentável que mais uma vez a saúde seja renegada a segundo plano

“É lamentável que mais uma vez a saúde seja renegada a segundo plano. A grande maioria dos hospitais é de pequeno ou médio porte e enfrenta sérias dificuldades financeiras, principalmente os que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo assim a União não se sensibiliza com a causa da saúde e mostra que ela, definitivamente, não é prioridade do governo”, lamenta o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SINDHOSP), Yussif Ali Mere Jr, ao saber do veto da presidente a então Medida Provisória (MP) 582, que previa a desoneração da folha de salário dos hospitais. O Sindicato vinha acompanhando o trâmite da então MP, que graças a uma emenda parlamentar incluiu os serviços médico-hospitalares. Sua aprovação pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal criou grande expectativa no setor, frustrada agora pelo veto presidencial.

Yussif Ali Mere Jr lembra que as santas casas e demais hospitais que atendem SUS prometem paralisar o atendimento à população na próxima segunda-feira, 8 de abril, em advertência ao descaso das autoridades com relação aos baixos valores praticados pela tabela SUS, que repassa aos hospitais pouco mais de 50% do valor financeiro efetivamente gasto para manter atendimento à população. Os hospitais privados filantrópicos ou não respondem por 55% das internações realizadas pelo SUS.

Além disso, na próxima sexta-feira, 5 de abril, mutirão na Praça da Sé, em São Paulo, pretende coletar assinaturas em prol de um projeto de lei popular que prevê a destinação de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde. Várias entidades médicas encabeçam o movimento, que também tem o apoio do SINDHOSP. “A saúde enfrenta uma grave crise de financiamento. 54% do total das despesas da área vieram da iniciativa privada em 2011. E o que o Brasil investe em saúde (8,7% do PIB) é menor do que a média dos países africanos, que é de 10,6%. Nosso investimento per capita também é baixo, de US$ 477, quando a média mundial é de US$ 716. A desoneração da folha de salários aliviaria um pouco a já difícil situação do setor”, ressalta o dirigente sindical.

Ele ainda lembra que a saúde é o segmento econômico que tem a maior carga tributária, quando comparado aos demais, apesar do seu relevante papel social. Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostrou que enquanto o Brasil taxa o setor em 33%, países desenvolvidos, como EUA e Japão, registram uma arrecadação sobre a saúde de 12% e 13%, respectivamente.

Ana Paula Barbulho (MTB 22170)
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