Sob impacto do coronavírus, segmento de alimentos no e-commerce dispara 330% em março

22/4/2020 –

Elevação se deu na comparação com fevereiro, de acordo com estudo feito pela agência Corebiz

Um estudo feito pela Corebiz, empresa de inteligência para marcas do varejo, mostra que as vendas online no segmento alimentício cresceram 330% em março no comparativo com o mês de fevereiro. A alavancagem no setor teve início no dia 16 de março, quando a campanha pela quarentena contra a covid-19 ganhou força no País.

De forma geral, o levantamento mostra que todos setores da economia foram atingidos pelo efeito coronavírus. O segmento Casa e Construção, que usualmente tem movimento fraco no início do ano, apresentou uma recuperação no final de março após ser atingido pela crise do coronavírus em meados do mês. A previsão é de crescimento mensal de 50%.

Já o mercado de cosméticos segue ritmo crescente de vendas, tendo registrado salto de 90% em março na comparação com o mês anterior. Por sua vez, o segmento da moda despencou durante a crise da covid-19. A previsão é de um declínio de 21%, em média, em março sobre fevereiro. Como o cenário estava em ascensão antes da crise, a projeção ainda é de um crescimento módico de 25% em relação a março de 2019.

A pesquisa também mostra que o setor industrial é um dos mais prejudicados pela crise do novo coronavírus. Os números despencarem drasticamente desde o início do decreto de pandemia no País: a CoreBiz observou uma queda de 32% nas vendas do segmento no mês de março. A estimativa é de uma queda anual de 70%. Aqui, o efeito coronavírus impacta, sobretudo, na importação de matérias-primas.

No geral, as categorias de saúde, cuidado pessoal e alimentos e bebidas registraram crescimento de 15% sobre fevereiro deste ano e de 65% em relação à primeira quinzena de março do ano passado. De acordo com a pesquisa, outras categorias de bens duráveis — como livros, moda & acessórios e automotivos — devem sofrer pouco com a queda de demanda, pois continuarão a ser procurados. Por outro lado, bens de consumo duráveis e de alto valor tendem a perder participação, pois os consumidores tendem a dar prioridade a outras compras até haver uma perspectiva maior de estabilidade social e econômica.

O estudo conclui que, em 2020, existe a possibilidade de ocorrer um crescimento que supere a projeção de aumento de 18% feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Os motivos são as mudanças comportamentais atreladas à disseminação do coronavírus e o amadurecimento do setor como um todo.
Esse crescimento, no cenário atual, considera produtos em conexão à crise do coronavírus, como máscaras protetoras, luvas, álcool em gel e de primeiras necessidades (alimentos, papel higiênico, fraldas etc.).

Web Site: