São Paulo, SP 11/9/2019 –
Há uma verossimilhança entre homens e cachorros e isso se reflete de diversas formas, inclusive na busca pela aproximação da imagem. Doutorando Robson Trindade
Pesquisas mostram que a relação entre seres humanos e cães
tiveram início milênios atrás em uma troca de benefício mútuo. Estudos fazem
relações entre a significância do tocar e a evolução do músculo facial dos
cachorros foi para facilitar o relacionamento com os homens. Dentro deste
contexto, mais uma ciência se coloca como importante para compreender e
melhorar o binômio ‘homem-cachorro’, o visagismo.
No século 17, o filósofo inglês Tomas Hobbes deu notoriedade à frase “O homem é o lobo do homem” em seu livro “Leviatã”. Curiosamente, o animal escolhido para ilustrar a máxima que constrói uma imagem de inimizade, agressividade e individualismo é a da mesma família de um outro que, cada dia mais, se assemelha, aproxima e se torna espelho dos seres humanos, além de criarem novas possibilidades para o desenvolvimento da ciência do visagismo, os cães.
Há indícios de que a relação social amigável entre homens e cães data de muitos mil anos atrás e, desde lá, benefícios para as duas espécies são identificadas. Nos primórdios da civilização, por exemplo, cães significavam companhia e ajuda para caçar ou pastorear. Em troca, os animais recebiam alimento e abrigo.
Outro fator – destacado por Aline Dechandt Kowalewski de Souza em seu
artigo “O tocar: a relação afetiva entre o homem e seu cão” – ganha importância
com a evolução social e a diminuição da interação física entre pessoas. A
autora crê que quando o homem ocidental apresentou dificuldades em ter
relações táteis livres de críticas sociais, pôde encontrar essa possibilidade na
relação com o animal de estimação.
Ainda, segundo Rafael Sacramento, mestre em filosofia e doutorando no departamento de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP, o cenário evolutivo e de adaptação ao meio trouxe transformações importantes para a espécie humana, incluindo no cérebro em seu aspecto biológico, emocional e pensante.
Nada impede que para atender necessidades afetivas, tanto o homem busque no seu animal de estimação – neste caso o cão, um vínculo de amizade muitas vezes qualitativamente mais fiel que os vínculos humanos, assim como os cães, por verossimilhança, evoluam em desenvolver aspectos gestuais afetivos, como inclinação das sobrancelhas e ensaiando um possível sorriso, para corresponder melhor as caricaturas de seu dono, explica Sacramento.
Com tudo isso, não fica difícil compreender, portanto, que há uma
verossimilhança forte e facilmente identificada e isso se reflete de diversas
formas, inclusive na busca pela aproximação da imagem, introduz o Professor Robson
Trindade, mestre em visagismo científico e pioneiro no Visagismo Acadêmico, cursando doutorado em Tecnologias da Inteligencia e Design Digital da PUC/SP, no Brasil, que defende que o mercado PET dos dias de hoje é um retrato do
espelhamento dos homens em seus animais. Ratificado pela Professora Mestre em Comunicação Audio Visual Tania Trindade
Semelhanças que aproximam!
Sobre a relação entre os cães e seus donos no contexto social atual, Robson Trindade tem um olhar minucioso e, como não poderia deixar de ser, sob a ótica do visagismo.
São diversas as semelhanças que podemos encontrar entre as pessoas e seus animais de estimação da espécie canina. E não falo apenas nos termos comportamentais, mas também de imagem. E elas são muito fortes e muito marcantes, aponta Profª. Me. Tania Trindade e a Profª. Esp. Thaís T. Melro Milhomens.
Em sua fala, o Prof. Me. e Doutorando TIDD-PUC/SP, visagista Robson Trindade, afirma que semelhanças são decisivas para qualquer tipo de aproximação.
A atração dos indivíduos por seus cães acontece probabilidade, ou seja, o espelhamento entre seres humanos e animais. E isso é uma realidade indiscutível. O que gostamos de ver, queremos para nós. O que é agradável aos olhos, desperta desejo. Uma relação profunda e complexa, baseada e respaldada pela ciência.
A evolução ajudou.
E falando em ciência, não é de hoje que pesquisadores estudam o comportamento de cães para compreender o estabelecimento da relação íntima e afetiva com seres humanos.
Um achado de 2013 em um estudo realizado por um grupo de cientistas do Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos aponta que a evolução dos animais contribuiu para a aproximação e identificação entre homens e cachorros. E isso é comprovado pelo olhar.
A pesquisa aponta que alterações na anatomia facial dos cães puderam ser observadas ao longo de sua existência. Os animais têm a capacidade de movimentar as sobrancelhas com um músculo não existente em lobos e outras espécies de canídeos. E isso está diretamente ligado aos seres humanos, pois têm semelhanças aos seus olhares tristes.
Juliane Kaminski, uma das cientistas responsáveis pelo estudo, afirma que esta ação é uma criadora de vínculos entre as duas espécies.
Sem dúvidas, porque este movimento das sobrancelhas tem a capacidade de gerar uma resposta positiva e estimulante nas pessoas, ou seja, que seres humanos estão abertos aos cuidados e ao afeto. Além disso, o famoso ‘olhar pidão’ dos cães pode gerar a ilusão de uma comunicação semelhante aos humanos”, aponta.
O visagismo e o mundo PET.
Dentro deste contexto atual, novos campos de trabalho e estudos podem ser encontrados. Foi o que aconteceu com a Pós-Graduada em Visagismo, Ana Paula Gaiato que tem formação em Zootecnia e passou a se dedicar a compreender como os detalhes do visagismo pode impactar diretamente a vida dos animais e de seus donos.
Ana Paula já se apresentou em grandes eventos no Brasil para falar sobre o tema “Visagismo e o Mundo PET” e entra em um campo de exploração que aborda detalhes da ciência que ampliam possibilidades e vão muito além da estética pura e simples.
O visagismo é amplo e se encaixa em tudo. No mundo PET ele ganha novas dimensões e pode ser muito mais utilizado do que apenas como uma ferramenta estética, explica Professora e coordenadora MBA em Visagismo: Negócios, Projetos e Estética, Tania Trindade.
O Professor, Mestre e Doutorando Robson Trindade finaliza reafirmando que relações entre os cães e o comportamento humano de autoconhecimento e relações interpessoais criam novas e enormes possibilidades para a aplicação do visagismo em um promissor ramo do mercado.
Referências
1.‘Visagismo e o mundo Pet: Sobre homens e os cães’ –
http://educacaovisagismoeprojetos.com.br/visagismo-e-o-mundo-pet-homens-e-caes/
2. ‘O tocar: a relação afetiva entre o homem e seu cão’ –
https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/18628/2/Aline%20Dechandt%20Kowalewski%20de%20Souza.pdf
3. ‘Paedomorphic Facial Expressions Give Dogs a Selective Advantage’ –
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0082686%20
Website: http://www.birodevisagismo.com.br