Zona Franca de Manaus sofre com impacto do Coronavírus

Manaus 13/3/2020 – A maioria das empresas são de tecnologia e recebem componentes da China. Com a interrupção do fornecimento, faltam componentes na cadeia industrial.

A Zona Franca de Manaus conta com mais de 550 indústrias instaladas que geram cerca de 80 mil empregos diretos. Em 2018, apresentou um faturamento total de mais de R$ 85 bilhões de reais. Os constantes questionamentos do Governo Federal à isenção tributária do local geram insegurança econômica de possíveis novos investimentos. Agora, com o impacto cada vez mais agudo do COVID19 – Coronavírus – no mundo, que atinge a importação de uma série de produtos chineses, como componentes tecnológicos que são insumos de praticamente todas as empresas da Zona Franca. O cenário é de preocupação.

O número de casos confirmados de Coronavírus no Brasil se manteve o mesmo nesta segunda-feira (09/3), de acordo com as informações repassadas pelos estados até 12h. São 25 casos confirmados da doença, sendo 4 por transmissão local e 21 casos importados. Atualmente, são monitorados 930 casos suspeitos e outros 685 já foram descartados. Os dados foram repassados pelas Secretarias Estaduais de Saúde. Dos 25 casos confirmados de coronavírus no país, 16 estão em São Paulo, 3 no Rio de Janeiro, 2 na Bahia, 01 em Alagoas, 01 no Espírito Santo, 01 em Minas Gerais e 01 no Distrito Federal.

Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza diariamente, os dados na Plataforma IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica. No Amazonas 3 casos ainda são suspeitos.

Empresário vê risco de colapso econômico

Na visão do CEO da empresa Coencil Empreendimentos, José de Moura Teixeira Lopes Júnior, o Mourinha, a Zona Franca de Manaus, além de sofrer com todos os ataques durante décadas do Governo Federal em relação aos incentivos fiscais, agora ainda é impactada pela influência do Coronavírus. “A maioria das empresas são de tecnologia e recebem componentes da China. Com a interrupção do fornecimento, faltam componentes na cadeia industrial. E dessa forma não é possível produzir por exemplo, televisão, aparelho celular etc. Isso está gerando efeitos negativos em várias indústrias”, explica.

Segundo Mourinha, muitas empresas já começaram a dar férias coletivas aos funcionários, reduzindo a produção. Com a continuação do Coronavírus podem vir as demissões. A empresa sem produção não tem produtos e sem produtos não há arrecadação de impostos. Destaca reforçando que no Estado do Amazonas 82% da sua arrecadação vem do distrito industrial e isso gera risco.

Prevenção

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), foi um dos primeiros laboratórios do país a receber do Ministério da Saúde 500 testes para o diagnóstico do coronavírus, o Covid-19.
Atualmente, são quatro os laboratórios que realizam o teste para diagnóstico do Coronavírus no país. Dessa forma, São eles a Fiocruz, no Rio; Instituto Evandro Chagas, no Pará; e Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Além do Amazonas, foram habilitados os Lacen de mais 14 estados.

Website: http://coencil.com.br/

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