A cada 20 segundos um brasileiro sofre amputação dos membros inferiores por causa do diabetes

18/12/2019 –

Diabetes é uma grave doença que afeta 13 milhões de brasileiros, o que torna o país o quarto em número de casos no mundo. Além das complicações específicas da doença, como insuficiência renal, cegueira, alteração de sensibilidade nos membros inferiores bem como consequentes úlceras e amputações, também está associada à alta mortalidade em razão de doenças cardiovasculares, como o AVC (derrame).

Em relação às amputações, o médico Denis Szejnfeld, do Hospital Certa, lembra que a cada 20 segundos um brasileiro tem um membro inferior – pé ou perna – amputado em decorrência das complicações do diabete. “Há menos de um ano era um caso a cada 30 segundos”, afirma.

A gravidade do problema levou a Federação Internacional de Diabetes (IDF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) a promoverem no 14 de novembro, desde 1991, o Dia Mundial do Diabetes para conscientizar a população sobre a prevenção da doença e as formas de tratamento.

Saiba mais sobre o diabetes

O pâncreas, órgão localizado atrás do estômago, é responsável pela produção da insulina, um hormônio. Quando o nível de glicose no sangue sobe, por conta da alimentação ou por outros fatores, a insulina é produzida a fim de regular o açúcar no sangue. Quando isso não ocorre, o resultado é o diabetes.

Ele pode ser de dois tipos. A doença do tipo I é autoimune, porque o sistema imunológico ataca as células beta que produzem insulina no pâncreas, reduzindo sua presença no organismo e, consequentemente, aumentando o açúcar na corrente sanguínea. Não está relacionada ao excesso de peso e geralmente é mais diagnosticada em crianças e adolescentes. O tratamento só pode ser feito com injeções de insulina e mudanças na alimentação.

O diabetes tipo 2 é mais comum: representa cerca de 90% das pessoas com a doença. Também ocorre quando o organismo não produz a insulina em quantidade suficiente, mas, diferentemente do tipo I, aqui a causa é má alimentação, excesso de peso e falta de exercícios. Eventualmente, fatores genéticos podem contribuir para o surgimento. O tratamento pode envolver uso de medicamentos, eventualmente insulina, alteração na dieta e exercícios.

Neste ponto, o dr. Denis Szejnfeld ressalta a importância da prevenção, que passa por uma dieta equilibrada e saudável, controlando a ingestão de doces, e pela realização de exercícios. Vale lembrar que alguns alimentos depois de ingeridos se transformam em açúcar no organismo, como massas – aí incluído o pãozinho tão apreciado pelo brasileiro.

Ou seja, ter uma vida saudável pode não só prevenir como também controlar a doença se ela tiver se manifestado. Entretanto, também é bom fazer regularmente análises do nível de glicose no sangue, principalmente a partir dos 45 anos.

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