A compra por impulso e o consequente endividamento sinalizam descontrole financeiro. Planejar via consórcio pode ser a melhor alternativa

Atibaia, SP 20/12/2019 – “Em 2020, a ABAC continuará divulgando as peculiaridades e diferenciais do consórcio, para vislumbramos um ano ainda melhor”, diz Rossi, presidente executivo.

Com a chegada de dezembro, o recebimento do 13º salário e a liberação de saldos das contas do FGTS são verdadeiros estímulos para compras por impulso, não importando, muitas vezes, o quanto tais compromissos irão impactar nos orçamentos pessoal ou familiar no curto, médio e longo prazo.

A história se repete cada vez que a economia sinaliza boas perspectivas. Nem as dificuldades enfrentadas por milhões de brasileiros como o forte desemprego, perda do poder de consumo ou dívidas acumuladas, saldos negativos da recessão iniciada em 2014, servem como alertas para a não repetição de comportamentos como o imediatismo do consumo ou a contratação de despesas em excesso.

Partindo da essência da educação financeira, que presta orientações importantes sobre a gestão das finanças pessoais, o ideal seria sempre avaliar a real necessidade de consumir ou não bens ou serviços de quaisquer espécies, não se deixando levar pelo apetite consumista.

Pela ótica do Banco Central, as expectativas para 2020 são favoráveis. No gráfico, pelas curvas que sinalizam demandas crescentes, é possível observar ascensão do PIB, lado a lado com o resultado das tendências de alta do Consumo das Famílias. Paralelamente, pode-se notar a Formação Bruta de Capital Fixo, que inclui o segmento industrial com máquinas e equipamentos e construção civil, gerador de ampliação das atividades econômicas de base, uma das fontes para retomada de empregos.

Mesmo com a recente divulgação do crescimento do total de empregos com carteira assinada, que alcançou a inclusão de quase um milhão de brasileiros no mercado de trabalho, todo cuidado é necessário, visto que o entusiasmo momentâneo do consumidor pode novamente gerar imprudências, tornando as alegrias de hoje em dificuldades no futuro próximo.

“Depois das agruras passadas nos últimos anos, talvez o melhor seja repensar as decisões financeiras com critério e planejamento”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. As avaliações oriundas das pesquisas realizadas pela entidade, por intermédio da Quorum Brasil, balizaram um consumidor mudando seu comportamento, focando com mais seriedade os compromissos, adequando-os aos seus orçamentos mensais e melhorando gradativamente a gestão de suas finanças pessoais.”

A crescente adesão ao Sistema de Consórcios para compra de bens ou contratação de serviços tem mostrado o quanto milhões de participantes passaram a priorizar “os pés no chão” em seus gastos.

Vários indicadores comportamentais, que acompanham esses desempenhos, já sinalizam possível repetição de eventual estresse financeiro, propiciado pela aquiescência desmedida em assumir novos endividamentos, provocados, em sua maioria, pelos apelos promocionais comuns desta época.

As boas notícias abordando a estabilidade da inflação e a periódica redução das taxas de juros promovida pelo Banco Central, como incentivo ao consumo, acabam por inspirar um cenário positivo capaz de influenciar compradores.

De forma simples, o consumidor, ao entender que as novas parcelas mensais cabem no orçamento, deveria primeiro atentar para o quanto estará comprometendo suas receitas posteriores e, optar por planejar a aquisição desejada dentro dos limites de sua real capacidade financeira.

Rossi aconselha que “o planejamento, essência da educação financeira, que hoje já chega aos bancos escolares, deva ser o principal foco de quem deseja concretizar, por exemplo, o sonho da casa própria ou dar um upgrade em seu automóvel. Profissionalmente, renovar ou ampliar a frota de veículos pesados como caminhões e máquinas agrícolas. Ou até mesmo, renovar mobiliário e eletroeletrônicos na residência, isto, sem falar, da viagem desejada, dos estudos pessoais ou dos filhos, da festa de 15 anos da filha etc. Há quase seis décadas, a modalidade proporciona realizações de forma simples e econômica, transformando as adesões ao Sistema de Consórcios em verdadeiros investimentos mensais na formação ou ampliação de patrimônios ou na aquisição de bens de produção.”

Resultados de novembro sinalizam crescimento no sistema de consórcios neste ano e para o próximo
Em 2020, a perspectiva é repetir o crescimento obtido este ano

Ao finalizar 2019, apesar de diversas situações políticas que influenciaram as oscilações da economia do país, o Sistema de Consórcios registrou, até novembro, crescimento nos negócios atingindo R$ 121,50 bilhões, 26,1% acima dos R$ 96,32 bilhões de 2018.

A entrada de novos participantes somou 2,63 milhões (jan-nov/2019), 11,4% maior que os 2,36 milhões do ano anterior. Os setores de veículos leves e motocicletas responderam por mais de 2 milhões de adesões.

Em retrospectiva, os dados mostram ainda que a somatória das vendas de novas cotas, de janeiro a novembro, bateu novo recorde quando comparada com as de anos anteriores, a partir de 2015.

Mesmo com a gradativa redução do nível de desemprego, ainda distante do ideal, o tíquete médio cresceu em novembro e atingiu R$ 49,0 mil, 16,1% maior que os R$ 42,2 mil do ano passado.
Com avanços constantes mês após mês, o total de consorciados ativos alcançou 7,35 milhões em novembro, 3,8% maiores que os 7,08 milhões de 2018.

O acumulado de contemplações, nos onze meses, cravou 1,1 milhão, estável em relação ao ano passado. Os créditos concedidos aos contemplados, cujo valor pode ter sido potencialmente injetado na cadeia produtiva, onde o mecanismo está presente, registraram avanço de 3,8%, enquanto, no mesmo período, o volume atingiu R$ 38,47 bilhões e no ano anterior chegou a R$ 37,06 bilhões, confirmando a modalidade como significativo participante de desenvolvimento nas atividades setoriais.

“Os resultados obtidos pelo Sistema de Consórcios confirmam sua importância para os diversos elos da cadeia produtiva, como no setor de motos, onde os créditos concedidos, injetados pelas contemplações, resultaram potencialmente em uma a cada duas unidades vendidas no mercado interno”, diz Rossi. “Também na indústria automobilística, os veículos leves, que incluem automóveis, utilitários e camionetas, tiveram potencial presença: um a cada quatro autos comercializados no país”, completa.

A expectativa para o Sistema de Consórcios é buscar repetir os resultados obtidos este ano, divulgando as peculiaridades e os diferenciais da modalidade.

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