São Paulo – SP 8/4/2020 – Faz-se necessário o rebaixamento para evitar os mais sérios problemas executivos
Nos aquíferos pode ocorrer problemas de instabilidade dos taludes dos cortes, erosão regressiva do terreno circundante para o interior da cava, bem como afofamento significativo da base da escavação (subpressão da água), além se sérios danos em construções vizinhas.
O rebaixamento temporário de aquíferos para construção civil também chamado de rebaixamento do lenço d’água é executado nos aquíferos superficiais. Quando a escavação de uma construção ultrapassa o nível d’água.
Segundo a Engenheira Civil, Luciane Françoise Onigkeit, com mais de 20 anos de experiência “faz-se necessário o rebaixamento para evitar os mais sérios problemas executivos quando se tenta escavar o terreno abaixo do nível d’água, sem o seu rebaixamento prévio e externo à área”.
Luciane explica que um exemplo é o Sistema Aquífero Guarani com 50 mil km³ de água doce armazenada em uma área de 1,2 milhão de km² que engloba a bacia do Paraná e parte da bacia di Chaco-Paraná, chegando a uma profundidade de 1.500 m. “Atualmente, é considerado o segundo maior do mundo, capaz de abastecer a população durante 2.500 anos” exemplifica.
Normalmente nos aquíferos pode ocorrer problemas de instabilidade dos taludes dos cortes, erosão regressiva do terreno circundante para o interior da cava, bem como afofamento significativo da base da escavação (subpressão da água), além se sérios danos em construções vizinhas. A Engenheira esclarece que todos esses problemas são provocados pelo afluxo da água do subsolo para o interior da escavação, a partir do qual se pretenderia bombeá-la. “Pode ocorrer problemas com a água em escavações de camadas sedimentares de argilas, em geral arenosas. Nesses sedimentos não é infrequente a presença de finos veios aquíferos de areias, não detectados nas sondagens de simples reconhecimento, e que dificultam e em muitos casos, impedem, escavações para a execução de subsolo ou de fundações, abaixo do nível d ‘água”.
Pode ocorrer o eventual problema de deformações (recalques) de construções próximas, decorrente de um rebaixamento do lençol d’água. Essa situação é sensível apenas em zonas onde é significativo o abaixamento do lençol d’água pretendido e onde o solo do aquífero é muito fofo ou a camada impermeável subjacente é constituída também por solos muito compressíveis (argilas moles, por exemplo). “Uma maneira de resolver o problema é a de se procurar reduzir, ao mínimo, o abaixamento do lençol freático sob a construção, ou seja, que o peso próprio da camada não seja aumentado significativamente pelo rebaixamento “ sugere e finaliza Luciana.
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