A psicologia positiva pode ajudar a enfrentar efeitos da pandemia do Coronavírus nas sociedades

São Paulo/SP 17/7/2020 – “Aprendi assim, a trabalhar tanto individualmente quanto no coletivo, o meu próprio crescimento emocional” – José de Moura Teixeira Lopes Junior

Como a psicologia positiva pode ajudar no atual cenário e a experiência do empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior

Decretado em 17 de março deste ano, o isolamento social causou grande comoção nacional. Parecia menos dramático e difícil, no imaginário das pessoas, do que o termo quarentena, considerado mais forte, “exagerado” diante das incertezas do momento. Falar em isolamento social implicava determinar o confinamento das pessoas em suas casas, suspensão do contato entre familiares, bares, restaurantes, shopping centers e todo tipo de comércio fechado. E até o trabalho, o pão de cada dia, teria que ser executado em home office. Na prática, a quarentena, maquiada de isolamento social, significava 40 dias em que os cidadãos, no limite, teriam cerceados um dos pilares da Constituição Federal: o direito de ir vir.

De lá pra cá, quatro meses já se passaram. Vive-se um momento para o qual se criou até um termo especial, o “Novo Normal”, que simboliza o convívio com as incertezas diante da pandemia, a maior dos últimos tempos. O Novo Normal tem um código de conduta obrigatório: álcool gel à mão, uso de máscara, privação do convívio com entes queridos e amigos, continuidade do home office e crianças se adaptando, desde as séries iniciais, ao Ensino à Distância.

O Novo Normal, praticamente incorporado à rotina, foi motivo de sofrimento físico e psíquico das pessoas no início da pandemia e estão sendo superados por conta de vários suportes, inclusive farmacológicos. Mas, fundamentalmente, pelo desenvolvimento de um atributo humano chamado resiliência, que é a capacidade do ser humano se adaptar diante de infortúnios, decepções, baixo astral.

De acordo com estudos publicados pela Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul e da PUC de Campinas, não só a resiliência, mas também autocompaixão, criatividade, otimismo e esperança são os principais pontos a serem ativados, para que se possa superar essa fase de isolamento sem causar danos à saúde mental, disparada por essa série de privações e ainda fortalecer aspectos emocionais positivos, que podem ser usados em nosso favor por toda a vida.

O foco objetivo desses estudos é a redução de psicopatologias como a depressão, a ansiedade e estresse, e consequentemente aumentar o bem-estar durante esse período. O grande achado, de acordo com os pesquisadores, é a combinação de técnicas para promoção do sentimento de autocompaixão, criatividade, otimismo com técnicas acessíveis e sem efeitos colaterais conhecidos, através de práticas como mindfulness, alcançadas principalmente pela meditação. O ponto central é conseguir educar sua mente para focar o pensamento no agora, no exato momento em que se vive, sem se perder em conjecturas acerca do futuro – em regra, negativas, diante do momento atual – que muitas vezes não se concretizam, mas já nos fizeram sofrer por antecedência e deixaram em nosso corpo efeitos colaterais, principalmente o estresse, descarga de adrenalina, dentre outros.

Para o professor do Instituto de Psicologia da UFRGS Cristian Zanon, trabalhar essas características humanas é essencial para o enfrentamento dos efeitos adversos provocados pelo isolamento. Além disso, a elevação do autoconhecimento e a potencialização do que o ser humano tem de melhor, faz parte de um processo evolutivo em diversos aspectos e é de grande valia para todos os obstáculos que se apresentem, não só neste momento de pandemia, mas para a vida de um modo geral.

A psicologia positiva surgiu nos Estados Unidos, por volta dos anos 2000, trazendo uma nova abordagem na área, em que o alvo é a fazer com que o próprio indivíduo alcance em sua mente áreas em que estão abrigados sentimentos positivos que o ajudarão a encarar novos desafios com criatividade e positivismo, evitando sentimentos de impotência, ansiedade, aflição e encontrando novos métodos para se manter produtivo, alimentando então a sensação de estar fazendo o melhor diante do desafio apresentado.

“Terapia e fé”, estas foram as palavras chaves, que o empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior usou, como sendo seus principais recursos para superar este momento. De acordo com Moura Junior, o autoconhecimento o permitiu observar aspectos importantes no dia-a-dia familiar e a tirar boas lições desse período. Mourinha, como é conhecido, diz ainda que “os ensinamentos da religião, da fé e do autoconhecimento alcançados com o suporte da terapia, ajudaram-me a buscar e chegar à tranquilidade necessária para que possa enxergar diversos aspectos de uma mesma situação, aspectos que antes eu sequer buscava. Aprendi assim, a trabalhar tanto individualmente quanto no coletivo, o meu próprio crescimento emocional, quanto daqueles que estão à minha volta, de forma a criar mecanismos e processos que trazem soluções que sejam positivas e ao mesmo tempo, motivacionais”.

Essa onda de psicologia positiva vem tendo uma forte adesão dos profissionais da área e há de ser o grande trunfo para que o ser humano, cada vez mais pressionado em diversos aspectos, consiga utilizar de sua inteligência emocional e vislumbrar a alcançar o próprio bem-estar, assim como ser fonte disseminadora dessa maneira de se enxergar a vida.

Como diz a filosofia vipássana, a linha original do Budismo: não há problemas, existem oportunidades. A questão é saber viver o agora para poder enxergá-las.

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