Alergista alerta que período de seca requer cuidados redobrados com a saúde

Brasília-DF 10/9/2019 –

No Brasil, atualmente, 35% dos brasileiros padecem de alergias como rinite, asma e coceira na pele. A secura só agrava o desconforto

A estiagem atingiu o momento de pico no Distrito Federal. A região está há mais de 60 dias sem chuva e, à medida que a umidade relativa do ar cai, a dificuldade de respirar e os problemas de pele aumentam. Nesse momento, entra em cena um problema já bastante familiar entre os brasilienses: a alergia

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 30% dos habitantes do planeta possuem algum tipo de intolerância à poeira doméstica, pó, mofo, pólen de plantas, entre outros. No Brasil, atualmente, 35% dos brasileiros padecem desse mal e a secura só agrava o desconforto. “O tempo seco traz vários sintomas de alergias, principalmente entre as pessoas que têm rinite, piorando a obstrução e aumento da secreção nasal”, explica a Dra. Marly Marques da Rocha, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) no Distrito Federal. As principais queixas são rinite, asma e coceira na pele. “Beber muita água e manter os cômodos da casa sempre limpos e livres de poeira, ajuda a evitar o desconforto. Também é bom evitar o contato com pelos de animais; odores fortes, como fumaça de cigarro, ou perfumes e produtos de limpeza. Fuja de ambientes fechados ou com poluição”, adianta a Dra. Marly. Pessoas com histórico de alergias a ácaros e fungos devem evitar usar umidificadores, pois a umidade produzida por esses aparelhos pode favorecer o crescimento dos microrganismos.

Os sintomas mais comuns relacionados à asma são crise de tosse seca, chiado, falta de ar, cansaço ou aperto no peito. Já na rinite alérgica pode aparecer coceira no nariz, entupimento nasal, coriza e espirros frequentes. Há ainda a rinoconjuntivite alérgica, que além dos sintomas nasais, também apresenta uma associação com sintomas oculares como vermelhidão, lacrimejamento, inchaço e coceira nos olhos.”Em todos os casos, a higienização nasal ajuda a melhorar os sintomas porque retira o contato dos alérgenos com a mucosa e umidifica a viscosidade do muco nasal. Usar soro fisiológico nas narinas e lubrificantes nos olhos durante três ou quatro vezes ao dia também é recomendado. Além disso, beber muita água e fazer atividades físicas antes das 10 horas ou após às 17h, quando o ar está mais úmido, são formas de aliviar os sintomas. Em casos de sinais persistentes ou diários, sprays que contêm corticóides nasais e orais podem ser indicados para crise de rinite e asma, mas sempre prescritos após uma avaliação médica”, explica a médica.

A alergia de pele também é comum durante a seca. Entre os principais tipos, há a dermatite atópica, que se caracteriza por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. É uma doença que afeta cerca de 20% das crianças e 3% dos adultos, tem origem genética e é considerada crônica. Não é contagiosa e está associada à asma e rinite. “Além de ter um fator hereditário, que determina a secura da pele, a dermatite atópica pode ter vários desencadeantes como alimentos, aeroalérgenos (ácaros, fungos, epitélio de animais), perfumes e suor. Os aspectos emocionais desempenham um importante papel, podendo desencadear ou agravar o quadro, tendo papel fundamental na autoestima dos pacientes. O tratamento é baseado no controle da doença e o alívio dos sintomas. A necessidade de medicamentos varia para cada pessoa, seja criança ou adulto, de acordo com o tipo e intensidade das lesões na pele. No entanto, recomenda-se um banho por dia (não mais), rápido e com água morna; hidratante e sabonete para manter e refazer a barreira cutânea, mas sempre orientados pelo médico; e a imunoterapia, também conhecida como vacina de alergia, que poder ser recomendada em alguns casos, a critério do médico especialista em Alergia”, ressalta. É fundamental manter uma hidratação contínua da pele, mesmo fora das crises; usar roupas leves, de preferência de tecidos de algodão e malhas, evitando os sintéticos, lycra ou jeans; não tomar remédios por conta própria e não usar produtos na pele, sem orientação médica.”Banhos de sol são ótimos e devem ser, de preferência, nas primeiras horas da manhã ou ao entardecer”, recomenda a Dra Marly.

O tratamento básico e primordial, de acordo com a alergista, é afastar o agente causal. Além disso, como a pele de pessoas alérgicas, por apresentar menor produção de gorduras naturais, fica mais áspera – provocando coceira e feridas e facilitando infecção por bactérias e fungos – além da via oral, também é indicado o uso de medicamentos sob forma de pomadas, cremes e loções.”O uso contínuo de um hidratante é necessário para evitar o ressecamento da pele. Dê preferência aos produtos sem conservantes ou outros componentes com potencial irritante como propilenoglicol, parabenos e outros. Os produtos manipulados são livres dessas substâncias”, afirma a Marly Rocha.

Para aliviar o problema, a Farmacotécnica desenvolveu o conceito Suav Derm, uma linha – composta por loção, gel creme, shampoo, condicionador e o fotoprotetor FPS 50 – com bases e ativos cosmecêuticos, sem substâncias com potencial de desenvolver alergias e reações de sensibilização. “Essas fórmulas não contêm nenhum biocida ou preservantes típicos e atuam de forma preventiva, uma vez que não contêm as substâncias conhecidamente sensibilizantes”, afirma a farmacêutica Janaína Martins, da Farmacotécnica. A loção biomimética hidratante Suav Derm, por exemplo, traz em sua fórmula o Biometic, uma manteiga de palmeira que restaura a barreira cutânea, e também Hydracontrol, que favorece a formação de ceramidas e normaliza a descamação da pele. “Todos os produtos são veganos e podem ser montados de acordo com as necessidades de cada pessoa, após a avaliação do médico”, orienta.

Para melhorar a umectação das fossas nasais, a farmacêutica indica o Emoliente Nasal Glicerinado, que atua como hidratante das regiões danificadas e irritadas, contribuindo para o restabelecimento da zona perinasal. “O produto gera uma película emoliente que reduz a friabilidade das cavidades nasais em virtude da baixa umidade do ar, evitando sangramentos causados pelo ressecamento, além de de limpar as fossas nasais e atenuar irritações”, explica Janaína Martins.

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